sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

NÃO FOI DESTA VEZ O FIM DO MUNDO

Nos últimos três milênios, em mais de quinhentas oportunidades foi previsto o fim. Na virada de milênio muitos tinham certeza de que “mil e não mais mil”, interpretando um vago versículo do Apocalipse. Em questão de fim do mundo, ninguém bate o grupo religioso conhecido como Testemunhas de Jeová. Charles Tase Russel, seu fundador, fixou para o ano de 1841 a batalha final do Armagedon, entre o bem e o mal. A decepção não intimidou as Testemunhas e marcaram sucessivas datas para o fim, que por algum motivo não aconteceu. A última destas datas foi em 1914. Soube-se, depois, que a catástrofe fora adiada para 2914, dando a eles mais mil anos para converter o maior número possível de homens e mulheres. Mesmo assim, dizem que o número dos assinalados – numa interpretação fundamentalista da Bíblia – 
é de apenas 144 mil.
O norte-americano Robert Fitzpatrick investiu 144 mil dólares para espalhar a notícia que um colossal terremoto danificaria gravemente o planeta, encaminhando para o fim. Isto deveria ter acontecido em 21 de maio de 2011. No Brasil, porta-voz do movimento Salvar Almas garantiu que o fim dos tempos tinha data marcada: 21 de dezembro de 2011.
Todas essas pretensas profecias contribuem para desacreditar o Cristianismo e espalhar a teologia do terror. Deus seria um juiz cuja paciência está no fim, figura oposta do Deus Pai que Jesus nos revelou. Quanto à data, podemos ficar tranquilos. O próprio Jesus situou com clareza: “Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho. Somente o Pai é que sabe” 
O fim acontece todos os dias. Para milhares hoje será o último dia. E essa data é muito mais importante que o cataclismo final, que a Bíblia chama de parusia. O tempo é um presente de Deus, cuja duração desconhecemos. Deus promete sempre e a todos o perdão, mas não garante a ninguém o dia de amanhã. Viver intensamente a cada dia é a melhor maneira de preparar o Dia do Senhor. Deus nos dá sempre o tempo suficiente e a possibilidade de viver intensamente. Isso é decisivo para 
o discípulo de Jesus. Os primeiros cristãos, cuja fé era mais viva do que a nossa, suplicavam por este dia, quando o mal seria vencido para sempre: Maranata, isto é, 
Vem Senhor Jesus!

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