quarta-feira, 8 de junho de 2011

FRIO. UM PERÍODO RUIM PARA OS ASMÁTICOS

Incidência é maior entre as crianças


Uma em cada seis é vítima das crises de falta de ar. Tratamento visa controlar sintomas
Um em cada sete brasileiros com mais de 18 anos têm asma. Entre as crianças, a incidência da doença sobe para uma em cada seis. A asma é responsável pela morte prematura de cerca 2.000 pessoas por ano no Brasil, cerca de 400 mil internações hospitalares e número incontável de atendimentos ambulatoriais, principalmente em salas de urgência, conforme dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. É a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A asma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, a pessoa terá que aprender a conviver com ela. O tratamento visa controlar os sintomas: aperto e chiado no peito, tosse seca e falta de ar. Mais importante do que usar remédio é afastar-se dos agentes desencadeantes das crises de falta de ar: alérgenos (poeira, mofo, pelo de animais), fatores irritantes das vias aéreas (perfumes, produtos químicos, fumaça de cigarro), infecções virais, sinusite, doença do refluxo, medicações, alimentos, fatores emocionais (ansiedade) e prática exacerbada de atividade física.
A rinite alérgica é um importante fator de risco para asma. Cerca de 80% dos asmáticos têm rinite e 30% dos riníticos têm asma. Portanto, os cuidados de higiene do ambiente, que visam eliminar principalmente os ácaros da poeira doméstica, maiores causadores de alergia, servem também para prevenir e manter sob controle as crises de asma. Entre os irritantes que agravam a asma, o principal é o cigarro. Diversos estudos relataram uma incidência aumentada de asma nas crianças cujas mães fumam. Ninguém deve fumar na presença de um asmático, assim como no interior do seu quarto.
Além dos cuidados de higiene do ambiente, a asma é controlada por medicamentos. Alguns são usados apenas durante as crises, outros devem ser tomados de maneira regular, independente dos sintomas, conforme orientação do médico. O ideal é fazer com que as crises não ocorram.
Durante as crises, o paciente asmático não deve esperar que os sintomas desapareçam sozinhos, quanto mais precoce o uso de medicamentos, melhor será a resposta. Os especialistas recomendam que os pacientes asmáticos combinem com seus médicos um plano de ação paras as crises, sabendo identificar quais são os sinais de gravidade que devem levar à procura por atendimento de urgência.



Um comentário:

  1. Como já dizia Bob Marley em sua música Legalize: ...good for asma!
    Naturalmente, o cantor está se referindo ao cânhamo (maconha). Há seis mil anos, essa erva aparece no mais antigo texto medicinal conhecido, o Pen Ts'oo Ching, indicada para problemas como asma, cólicas menstruais e inflamações da pele. Nos Estados Unidos, a asma, a dor e o estresse foram combatidos com chás e outros preparados de maconha (mas não cigarros) comercializados por grandes empresas, como Parke Davis, Eli Lilly e Squibb. O negócio acabou em 1937, quando a erva foi proibida nos EUA por lei federal. Em 1991, a cannabis foi reconhecida pela OMS como medicamento. O THC, entre outros benefícios, é um broncodilatador. Opinião de um asmático que já usou diversos tipos de medicamentos (drogas) desde criança: nada melhor que uma dose de THC prá dormir tranquilo.

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