segunda-feira, 13 de junho de 2011

E A NOSSA CAIXA PRETA...

A caixa preta foi imaginada por Adolf Hitler quando seu amigo Fritz Todt morreu, em circunstâncias misteriosas, em desastre aéreo. O instrumento foi aperfeiçoado e hoje tem condições de revelar, em detalhes, toda a viagem, inclusive os últimos instantes antes do acidente. As caixas pretas do Airbus frances, aos poucos, estão sendo estudadas e revelarão, em parte, o mistério da queda do avião. As últimas palavras dos pilotos: “Não temos mais indicadores válidos” e finalmente: “Não estou entendendo mais nada”.

Um menino, de nove anos, e sua irmã mais velha foram passar as férias no interior, na casa da avó. Betinho ganhou de presente um estilingue, mas não conseguia acertar em nada. Num impulso atirou no pato de estimação da avó. Acertou na cabeça e o matou.
Com medo, Betinho escondeu o pato morto num monte de lixo. Mas sua irmã, Mariana, viu tudo e começou a explorar o irmão. Diante de qualquer serviço a ser feito, Mariana ameaçava: olha o pato. Tornou-se verdadeira escravidão. Finalmente, Betinho não aguentou e confessou à avó seu pecado. Sorrindo, ela disse: eu vi, estava na janela e já te perdoei porque te amo. Beijou-o e disse: só queria ver quanto tempo você ficaria escravo de sua irmã.
Os dois fatos têm algo em comum. Existe dentro de nós uma caixa preta, que se chama consciência. Ela registra tudo o que acontece. Na vida, todos fazemos concessões às aparências. Há mesmo pessoas que só jogam para a plateia. Sentimentos menos puros misturam-se com nossas atitudes: vaidade, orgulho, hipocrisia, respeito humano, covardia. No entanto, no íntimo de cada pessoa existe um santuário inviolável, só conhecido por ela e por Deus. É à prova de falsificações. A morte é o instante das coisas claras, tornando definitivo aquilo que a pessoa é.
O tempo é o espaço que Deus concede para nosso amadurecimento. É a graciosa possibilidade de mudar de rota, evitando o desastre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário