quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O VERÃO VEM AÍ:BENEFÍCIOS SUPERAM OS MALEFÍCIOS DO SOL

Radiação faz bem aos ossos e fortalece o sistema imunológico, basta saber usá-la
Até recentemente, o único banho de sol considerado totalmente seguro era o que se tomava antes das 10 e depois das 16 horas, com duração de poucos minutos. Graças aos avanços nos conhecimentos sobre a radiação solar e seu impacto no organismo e ao aprimoramento dos protetores solares, hoje, as pessoas podem curtir até um dia inteiro de sol. Aliás, pesquisas médicas mais recentes indicam que os benefícios dos raios solares superam seus malefícios à pele. Surpreso? O segredo de tudo está no modo de usar!
Desde os anos 40, fala-se que a exposição solar exagerada e sem proteção causa envelhecimento precoce e eleva os riscos de câncer de pele - nesse aspecto, nada mudou. Há muito tempo também sabe-se da importância do sol para a absorção da vitamina D pelo organismo. A novidade está na associação deste micronutriente a diversas funções do corpo humano, e não apenas ao fortalecimento do esqueleto, como acreditava-se.

Vitamina D - Além de aumentar a absorção de cálcio pelos ossos, a vitamina D fortalece o sistema imunológico, regula a pressão arterial e ajuda a prevenir o diabetes tipo 2 e até alguns tipos de câncer. E a principal fonte de vitamina D é o sol. Na superfície da pele, existem substâncias precursoras desse micronutriente. Quando os raios ultravioleta incidem sobre a derme, as moléculas dessas substâncias são transformadas em vitamina D, que, em seguida, cai na corrente sangüínea e é levada a diferentes órgãos.
Melhor ainda é saber que, para alcançar os níveis ideais de vitamina D, é preciso muito pouco. Basta expor ao sol as pernas ou os braços, duas vezes por semana, por um período que varia de cinco a 30 minutos, dependendo do tipo de pele. Para aproveitar ao máximo os benefícios da radiação, a dica é não usar protetor solar neste curto período de exposição - mas só durante esse período, passado este tempo, o produto é indispensável.

Carência - Sem esses pequenos banhos de sol, eleva-se o risco de carência de vitamina D. Estima-se que um bilhão de pessoas em todo mundo tenham hipovitaminose D. Sete de cada dez americanos com mais de 70 anos sofrem da falta deste micronutriente. Os idosos são mais suscetíveis ao problema porque tendem a sair menos de casa e, conseqüentemente, pegam menos sol. Também já se constatou que os negros são mais propensos à doença do que os brancos. Isso ocorre porque quanto mais escura é a pele, menor a quantidade de radiação absorvida por ela. A melanina, pigmento que escurece a pele, funciona como um filtro natural.
Porém, não é por causa da síntese da vitamina D que os brasileiros estatelam-se, por horas, sob o sol do verão. O que eles desejam é bronzear-se. Nesse caso, o protetor é imprescindível. Não é preciso privar-se do sol, basta usar corretamente o produto e, então, aproveitar seus benefícios, seja por lazer, vaidade ou cuidado com a saúde.
Bloqueador físico surgiu nos anos 50
O conceito de proteção solar começou a ser estabelecido durante a II Guerra Mundial. Nos campos de batalha, para proteger o rosto da exposição prolongada ao sol, alguns soldados usavam uma graxa vermelha desenvolvida por um farmacêutico.
Dez anos depois, a partir dessa graxa, surgiram os primeiros bloqueadores físicos produzidos em escala industrial. Eles protegiam contra 90% da radiação. O único inconveniente era sua apresentação: uma pomada branca, densa, difícil de espalhar. Ainda hoje há diversos bloqueadores físicos no mercado. Eles funcionam como um escudo, refletindo os raios.
Nos anos 50, surgiram os protetores químicos que, aperfeiçoados, transformaram-se nos produtos usados atualmente. O filtro solar é feito de moléculas que captam e enfraquecem os raios solares, diminuindo seu efeito nocivo. Em termos de proteção, não há diferença entre bloqueadores físicos e químicos. A vantagem desses últimos é que são mais fáceis de espalhar.
A partir do FPS 30, proteção varia pouco
Hoje, a indústria tem centenas de moléculas anti-sol. Combinadas, possibilitam a criação de produtos com diferentes fatores de proteção solar (FPS).
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que, quanto maior o número correspondente ao FPS, maior seria seu tempo de ação. Agora, está comprovado que, independente do número do FPS ou do tipo de pele, o produto deixa de fazer efeito após duas horas, sendo necessário reaplicá-lo.
As pesquisas mais recentes também mostram que a partir do FPS 30, a capacidade de proteção dos filtros solares é praticamente a mesma. Do FPS 2 para o 4, a capacidade de absorção dos raios salta de 50% para 75%. Já do FPS 30 para o 50, a proteção varia de 97,6% para 98%. A desvantagem é que, quanto maior o FPS, mais caro o produto, mais difícil de espalhar e mais chance de desencadear alergia.

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