quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

HABITANTES DO NOSSO ORGANISMO

Os microorganismos dominam o homem. Alguns atacam, outros defendem o corpo

Os microorganismos dominam o planeta e até o homem. Essas criaturas microscópicas colonizam o corpo humano, por dentro e por fora, da cabeça aos pés. Aliás, há mais micróbios do que células no organismo. Só no aparelho digestivo, sobrevivem mais de 400 tipos de bactérias. Alguns desses bichinhos deixam o sistema de defesa do corpo em permanente estado de alerta; outros, ao contrário, são até benéficos.

Amigas - entre as bactérias que ajudam o organismo, os lactobacilos são as mais populares. Elas habitam naturalmente a boca, o estômago e o intestino. Fazem bem porque produzem ácido lático, deixando o ambiente tão ácido que impedem o ataque de outras bactérias nocivas.

Traiçoeiros - Há microorganismos que são verdadeiros mestres do disfarce. À primeira vista, parecem bonzinhos, mas basta um pequeno desequilíbrio em sua rotina diária para que se transformem em inimigos.
O Staphylococcus aureus é um integrante dessa turma. Parece boa gente. Habita cada canto do nosso corpo e passa os dias limpando a parede externa, a pele. Porém, se a resistência do organismo estiver em baixa e ocorrer uma rachadura na estrutura, como um ferimento, ele invade a área interna e, na corrente sangüínea, multiplica-se rapidamente, causando danos. Pode até matar, no caso de desencadear uma infecção generalizada (septicemia).

Inimigos - Com alguns bichinhos não há acordo de paz, em hipótese alguma. Eles estragam todo o ambiente em que vivem. Quando se trata de vermes, pior, já que podem se alimentar das próprias paredes que os abrigam.
A Escherichia coli, como todos os vermes, não gosta muito de limpeza. É encontrada em qualquer parte do sistema digestivo, mas é mais comum no intestino. Nos adultos não chega a fazer muito mal, mas já incomoda. Em crianças, porém, é uma das principais responsáveis por diarréias graves.
A Streptococcus pneumoniae é outra bactéria do mal, bastante comum. Instala-se no ambiente mais ventilado do corpo, o pulmão. Depois que se multiplica, estraga todo o sistema com uma doença bem conhecida, a pneumonia.

Da cabeça aos pés
Muito privilegiado, o Pediculus humanus capitis, o piolho, habita a cobertura, isto é, a cabeça. Uma mãe piolha põe até dez ovos (lêndeas) por dia. Em nove dias, os filhotes já ficam adultos. Uma boa faxina, com o produto de limpeza específico, é suficiente para espantá-los.
Apesar de ser a menor espécie de pulga conhecida, com um milímetro de comprimento, a Tunga penetrans causa estragos nos alicerces do edifício: os pés. Responsável pelo bicho-de-pé, a criaturinha se alimenta de sangue, mas não permanece no local por muito tempo: a fêmea morre 15 dias depois de botar cerca de 100 ovos. Precisa ser removida.

Irritantes, mas não perigosos

Apesar do nome, a Candida albicans não tem nada de cândida, ou seja, de boazinha. É um dos fungos que mais freqüentemente infectam os seres humanos. A Candida gosta de morar principalmente na boca e na pele. Não causa doenças graves, mas incomoda. Ela é a culpada pelo sapinho e pelas assaduras, que afligem os bebês, e também pela frieira, entre outros diversos inconvenientes que provoca.
Pelo sobrenome, ela é facilmente identificada: Propionibacterium acne. Inquilina muito exibida, ela gosta de aparecer, principalmente quando a casa é nova. Mas os mais velhos também não estão totalmente livres do incômodo. Não causa dor, mas costuma trazer bastante constrangimento ao portador.
O Herpes simplex é um vírus irritante. Gosta de invadir a boca, provocando dolorosas feridas. Apesar de simples, é altamente contagioso. Pode viver 48 horas em uma escova de dentes seca e até uma semana se ela estiver úmida.

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