terça-feira, 3 de dezembro de 2013

É UMA QUESTÃO DE PONTO DE VISTA.

Certa noite, um bêbedo atravessava uma ponte. Vendo seus passos cambaleantes um amigo tratou de ajudá-lo. Debruçando-se sobre a mureta da ponte o bêbado perguntou: o que é aquilo lá embaixo? É a lua, explicou o amigo. Sacudindo a cabeça, o bêbedo comentou: - a partir de seu ponto de vista, como é mesmo que eu vim parar aqui em cima?!
Um professor de filosofia de Paris explicava aos seus alunos como ele era o homem mais importante do mundo. Sua argumentação era esta: qual o país mais importante do mundo? Naturalmente a França. Paris, por ser sua capital, é o lugar mais importante da França. A Universidade é o lugar mais importante de Paris. E, na universidade, o lugar mais importante é o Departamento de Filosofia, no qual ele era a pessoa mais importante.
Toda a realidade é vista a partir de um ponto de vista. E todo o ponto de vista é visto a partir de um ponto. Isso não significa que todos os pontos de vista sejam corretos e lógicos. Existe a verdade objetiva - real - e existe a verdade apenas subjetiva. É aquilo que a mim parece verdade. E a subjetividade, com maior ou menor intensidade, está presente em toda a parte. É o caso das ideologias que representam apenas uma maneira parcial, muitas vezes caolha, de uma realidade.
Quando alguém toma uma decisão, garante Paulo Coelho, aparentemente todas as forças do mundo se unem para lhe dar razão. Isso significa que, antes de convencer os outros, devemos convencer a nós mesmos. Antes de enganar aos outros, precisamos enganar a nós mesmos. De resto, a lua continuará lá no alto e existem muitas pessoas mais importantes do que o professor de filosofia.
A pessoa mais importante, é o irmão. Ele sempre é maior do que eu. Com ele, todos somos mais, sem ele, todos somos menos. Sozinhos, somos fracos, com eles - porque formamos uma fraternidade - somos fortes. A pessoa mais importante do mundo é aquela que está à sua frente neste momento.É ler a realidade pela ótica de Cristo. Naturalmente, quase sempre, quem está à nossa frente, com a mão estendida, é o pobre, o mais pobre dos pobres.
Para os filósofos céticos, não existia a verdade. E a partir deste ponto de vista, tudo era verdade ou tudo era mentira. A verdade não pode ser subjetiva. Ela precisa buscar referências fora de nós. Adolf Hitler tinha certeza - apenas subjetiva - que ele estava fazendo o melhor. Para o cristão, a verdade brota da pessoa, do projeto, da ótica de Jesus. E a verdade, de alguma maneira, se confunde com o amor. De resto, Ele proclamou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Trata-se de um ponto de vista que 20 séculos não conseguiram abalar. Claro que isso não é unanimidade. Existem outros pontos de vista. A sabedoria do povo garante: o pior cego é aquele que não quer ver.

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