segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CANCELAR UM SANTO.

Conto a história, na esperança de que não se repita. Na mesma região, no mesmo ano, morreram dois cristãos de linha diferente de atuação. Dois tipos de santidade. Um deles fundara um hospital. O outro um sindicato. Ambos levaram a fé a sério. Um era mais politizado e queria mudar a sorte dos trabalhadores pelas políticas públicas. O outro cuidava dos doentes e deixava a política para seus colaboradores.
Um padre da região escreveu um artigo sobre ambos mostrando dois tipos de santidade. O artigo repercutiu. No mês seguinte a jornal do hospital achou por bem homenagear seu fundador que morrera, reproduzindo o artigo, mas com uma ressalva. A redatora pediu licença ao padre para suprimir toda a referência ao sindicalista. Não interessava falar dele no jornal do hospital, porque tinha tido algumas diferenças no passado que foram resolvidas com o diálogo entre ambos.
O padre replicou: “Sugiro que vocês escrevam um artigo sobre o seu santo fundador, porque não cancelarei um santo em função do outro. Os dois foram santos e devem ser vistos juntos”.
Acontece mais do que imaginamos. Há cristãos que omitem o bem que outros santos fizeram para que apareça mais o bem que o santo deles fez. Isso pode ser marketing, mas está longe de ser catequese! Registre-se o pensamento. Do lado de lá, onde quase nunca fomos, há mais santos do que imaginamos. O Espírito Santo não sopra só deste lado da Igreja! O Sol de Deus não brilha apenas nos telhados da nossa paróquia!

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