terça-feira, 10 de dezembro de 2013

APRENDENDO A SER UM SÓ.

Que os dois se amem em espírito e em matéria. Que aceitem suas formas, seus corpos, seu jeito, seus limites, sua magreza, sua gordura, sua altura: o corpo como ele é, que no esplendor, se admirem e, na hora da dor, se refaçam. Que o que começou lindo continue lindo, mas se os corpos sofrerem mudança, seja pelo tempo, seja por um acidente de percurso, que os dois se queiram do mesmo jeito. Não se é perfeito e bonito para sempre. Os corpos mudam! A alma, se mudar, é para ficar mais madura para a eternidade.
De corpo e de mente! Apaixonados pelas formas, pela cor e pela estética de seus corpos, mas sobretudo pela estética de sua mente. Que ele goste do que ela mostra por dentro e por fora. Que ela goste do que ele tem por fora e por dentro como pêras e maçãs, ou como o mais gostoso fruto da terra. Que sejam gostosos de ver e mais ainda de provar.
Que se queiram com a volúpia do Cântico dos Cânticos e com a espiritualidade dos grandes contemplativos. Que ele a contemple todas as manhãs enquanto ela dorme. Que ela o contemple silenciosa enquanto ele descansa. Que louvem a Deus pelo dom desse amor, que os faz cada dia mais homem e mais mulher. Que seja erótico nas horas boas e cheio de renúncia nas horas exigentes.
De corpo e de mente, porque sem corpo não há matrimônio, mas, sem alma, nem amor existiria. Que se desejem, porque foi Deus quem fez o desejo, mas que se entreguem agradecidos, porque foi Deus quem criou o amor.
De corpo e de mente, enquanto ambos tiverem o que dar, porque carne da carne, e sangue do sangue, nascidos um para o outro. Ish e isha, homem e mulher, macho e fêmea os criou e que não se discuta nunca sobre quem é primeiro. Os dois, cada qual na hora certa. Depois que tiverem aprendido a ser um só, com classe e com ternura!

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