quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

EXISTE UM CONVITE PERMANENTE PARA SUBIR.

“Descer aos infernos... subir aos céus!”. Maneiras de falar que são experiências humanas. Não são mentiras. O rosto humano se volta para o alto quando deseja agradecer ou pedir. Os olhos buscam a direção do sol e das estrelas quando querem expressar alegria e gratidão. Os braços e as mãos se abrem para o infinito quando manifestam contentamento e encontro. A pessoa, em situação de depressão e cansaço, tem os olhos e o corpo voltados para a terra. Tudo é pesado. Ao contrário, a pessoa contente e feliz se volta para cima. Busca o alto. Por isso, viver é construir escadas que levem para o alto. Viver é olhar para cima.
CONSTRUIR ESCADAS PARA SUBIR. As estrelas estão no alto. A luz está no alto. A Palavra de Deus fala: “Busquem as realidades lá do alto”. A liberdade está no alto. As árvores crescem para o alto. No alto produzem flores e frutos. Os pássaros convidam subir. No subir está a liberdade. Estão os movimentos. Por isso, constrói escadas quem gosta e exercita a liberdade de viver e de subir.
TUDO É DEGRAU PARA SUBIR. Somente faz essa subida quem vive a espiritualidade. A espiritualidade traz consigo a leveza da vida. A pessoa materialista não voa. Não cria asas. Fica rastejando. Seus olhos têm o peso da ganância. Seu coração fica dominado pela gravidade do ter. Seus pensamentos pesam na balança da preocupação. A vida se torna uma construção do próprio túmulo. Ao contrário, a pessoa espiritualizada torna tudo leve. Cada criatura desta terra se torna um novo degrau para subir. Uma flor conduz ao encantamento. Uma estrada leva a algum lugar. Uma fonte lembra a água viva. Uma luz se torna caminho para a Grande Luz. A refeição convida ao banquete da fraternidade e do encontro. A música faz dançar no ritmo da vida.
Na verdade, a pessoa espiritualizada se torna leve, porque tudo é degrau para subir. Não sofre da obesidade espiritual, que traz como resultado a preocupação e o cansaço, a angústia e a desilusão. Traz consigo a lentidão do coração. A pessoa que traz consigo a epidemia da obesidade não tem tempo para celebrar a vida, não vê necessidade da fé e da esperança, nem tem tempo para a generosidade e a solidariedade. O egoísmo é sua balança e sua medida. Seu destino é a terra. Seu fim é tornar-se pasto para o banquete dos vermes.
DEUS SEGURA NOSSA ESCADA. Para que a escada não fique no espaço da insegurança e do medo, lá na ponta está a mão de Deus. Ele se torna o convite permanente para subir: “Venham a mim...”. “Eu sou caminho... Quem vem a mim não andará nas trevas...”. “Olhai os lírios do campo...Vede as aves do céu...”. “Onde eu estou quero que todos estejam...”. A canção está em nossa boca e a música em nossos ouvidos: “Segura na mão de Deus”. Há um convite permanente para subir. A escolha é de cada pessoa: permanecer dominado pelo peso do materialismo ou criar asas para subir nas alturas. A pessoa que fez a experiência das alturas nunca mais se deixa dominar pela experiência da obesidade e do peso do materialismo

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