terça-feira, 10 de dezembro de 2013

ENTÃO É NATAL

A canção que, com a tradicional “Noite Feliz”, toca cada dia menos fez-me pensar no “então” de cada vida e de cada família. Então é isso que o Natal de Jesus se tornou? Sem presépios, sem canções natalinas no rádio, sem preparação e sem a gratidão de outros tempos?
Não é que o Natal tenha desaparecido. Ele apenas encolheu. Pessoas que ainda ontem enfeitavam suas janelas e portas com os símbolos do Natal abandonaram a prática. Testemunhar o quê? Há mais papais-noéis e mamães-noelas do que meninos-Jesus nas lojas e lugares públicos. Há sinos anunciando o bom velhinho e poucos anunciando o santo menino. O não aniversariante é mais festejado do que o aniversariante. O mitológico velhinho Natal desbancou o não mitológico menino Deus. Há quem diga que os dois são mitos. Não. Real é Jesus.
O caridoso Nicolau, ainda celebrado em dezenas de países com o nome de Saint Nicklas ou Santa Klaus, tornou-se na França e em outros povos Papai Natal, Papa Noel, com direito a neve, renas e trenó. Simbolicamente ele também aparece no céu, mas vindo do Pólo Norte. Isto é: vem do céu, mas não é daqui mesmo. Porém, como ele vende mais, então a festa é para ele. Sem orar se sobrevive, mas sem vender, não! Como o menino vende menos, seja ele celebrado nas igrejas.
Exceto em poucos lugares haverá uma estrela, um casal e um menino. Nos outros, estará um velhinho vestido de vermelho que ninguém mais sabe que já foi um bispo católico transformado em vovô-papai-natal. Não destruam o fictício Papai Noel. Apenas façam-no voltar a ser bispo, a ajoelhar-se diante do menino e, por causa do menino, sair jogando presentes pela chaminé. E digam por quê!

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