terça-feira, 19 de março de 2013

PROCURA-SE O "CAPRILES NIETO" DO BRASIL

 A restauração conservadora  fareja frestas e flancos para romper o colar de governos de centro-esquerda que, nos últimos dez anos,estendeu  suas contas formando um cinturão de políticas progressistas no interior da América Latina. O ressurgimento conservador não reflete apenas a gula pessoal por  poder. A América Latina progressista  debate-se para erguer os pilares de um ciclo de investimento, num ambiente internacional que deixou de favorece-lo. É nessa corrida contra o tempo que afloram os Enriques Peña Nieto, os Henriques Capriles, os Aécios e Eduardos Campos. Não são feitos da mesma argila, sublinhe-se. Mas se prestam como gargantas do mesmo sopro, sendo notável a semelhança entre o que dizem e o que prometem. A campanha sucessório  instalou seu pé de palanque ostensivo no noticiário econômico. Não cabe mais ilusão: cozinha-se o governo no banho-maria do desgaste capcioso. Ademais dos esforços  para atrair investidores  aos projetos prioritários, o governo e as forças que o sustentam só renovarão a confiança da sociedade na sua liderança se, de fato, se mostrarem capazes de exercê-la. Ou um  ‘Capriles Nieto' virá ocupar a vaga, como porta-voz do futuro brasileiro.

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