Ele, 40 anos, ela 39. Casal vistoso. Dois filhos. Ele, pinta de galã, mas por dentro, um gorila de gravata. Ela, suave, inteligente, serena, dona de si mesma. Por alguma razão que ele não conseguia controlar, vivia em competição. Tinha que diminuí-la. Achava mil defeitos. Mas, ai dela se os achasse nele! Ele nunca entendeu que poderia perdê-la. Mas perdeu!
Começou a não ter mais esposa na noite em que receberam visitas pelo mestrado dela em pedagogia. Um a um, os amigos foram embora, não sem segredar a ela solidariedade. Um homem que faz isso com uma senhora distinta, bonita, inteligente e prendada é louco. Não se esmagam pérolas, menos ainda, com aquele valor.
O que fizera ele? Riu do mestrado, diminuiu a tese dela, deu a entender que lhe faltou citar pelo menos 15 livros importantes. A seguir, falou de seus três doutorados. Ele, sim, era o acadêmico da casa! Não percebeu a que ponto se tornara ridículo. Ela não reagiu, não disse uma palavra! Sorria com classe. Derrotou-o com sua paz!
Três meses depois, a notícia! Ela ficara com as crianças e a casa. Ele fora morar com outra. Ela continua só, mas não faltam pretendentes. Amigos se perguntam como é que um homem pode jogar fora aquela pérola de esposa. Quem conhece psicologia responde com clareza. O ego do homem é tão grande que ele não consegue dar a volta ao redor de si mesmo para ver o que há depois dele!
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