terça-feira, 17 de abril de 2012

TODOS SOMOS APRENDIZES DA VIDA

Na realidade, ninguém nasceu sabendo e ninguém morre sabendo tudo. O povo diz que o saber não ocupa lugar, mas em todo o lugar se pode aprender. Costuma-se imaginar que o aprendizado é resultado de bancos de escola, de livros, de professores e alunos, de canetas e papel, e hoje também, de recursos eletrônicos modernos. Aprendizado é decorrência de alfabetização, de línguas, de geografia e história, de ciências exatas e humanas etc. Porém, isto não é tudo!
Minha intenção não é menosprezar o ensino formal, com sua caminhada de alfabetização, de primeiro, segundo e terceiros graus, mestrados e doutorados. O assunto que intriga a humanidade é como ser aprendiz da vida sempre, especialmente fora da escola, dentro da vida real e no chão onde pisamos sem ajuda de mestres e nem de máquinas.
Vida, que é vida, é chamada a ser um permanente aprendizado. Nela a consciência vai se abrindo progressivamente para a verdade e a verdade vai libertando e liberando sempre mais vida. Vida, que é vida a renovar-se, em permanente primavera, é aquela que acolhe, re-elabora, amplia e enriquece o mundo das ideias; sabe discernir e afeiçoar-se pelo bem e pela beleza e consegue ir transformando as ações, dando-lhes sentido e grandeza sempre maior.
É possível sermos aprendizes da vida, sempre! Podemos aprender como ser e como não ser, como fazer e como não fazer, nos debruçando sobre os acertos e erros próprios, e acertos e erros dos outros. Em geral, quando erramos nos deprimimos e nos culpamos e nada resolvemos. Podemos transformar nossos humanos fracassos em mestres que nos ensinam a não repetir os erros do passado e deles tirarmos lições de cautela, cuidado e sabedoria para não continuar caindo.
Na convivência do dia a dia temos uma natural tendência de não ligar para o bem que os outros realizam e o bom êxito de suas iniciativas. Preferimos ficar indiferentes em lugar de aprender com seu bom exemplo. Porém, quando alguém erra, peca ou fracassa, logo se espalha a difamação e a fofoca, em lugar de aprender como não chegar à mesma queda.
Quando nos damos conta de que podemos ser aprendizes da vida, também nos convencemos que até os animais e a natureza podem nos ensinar e nos comunicar lições de profundeza e grandeza, além do visível.

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