terça-feira, 17 de abril de 2012

AGULHAS AGINDO CONTRA A DOR.



A acupuntura, técnica da medicina tradicional chinesa, praticada há pelo menos três mil anos, se popularizou no Brasil e no mundo por ser capaz de aliviar dores e até tratar doenças, especialmente aquelas que não apresentam melhora com métodos terapêuticos convencionais. A especialidade médica antes praticada também por enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, farmacêuticos e fisioterapeutas, agora só poderá ser exercida por médicos, veterinários e odontólogos, em suas respectivas áreas de atuação.
A nova determinação, em vigor desde o dia 3 de abril, atende a uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que acatou ação movida pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Colégio Médico de Acupuntura. “A prática pressupõe o prévio diagnóstico médico e a inserção de agulhas em determinados pontos do corpo depende do mal diagnosticado no exame”, declara, em nota, o relator do caso no TRF, juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins. A decisão judicial é de segunda instância e os profissionais por ela desfavorecidos já anunciaram que vão recorrer.
Reconhecida como especialidade médica no Brasil em 1995, pelo Conselho Federal de Medicina, e ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, a acupuntura é um conjunto de procedimentos que estimulam áreas anatomicamente definidas. Segundo a Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (SMBA), os pontos estimulados na terapia enviam sinais ao sistema nervoso central, que libera neurotransmissores e hormônios capazes de aliviar dores, estimular o sistema imunológico e regular funções corporais. Conhecida pelo uso de agulhas, que têm a espessura de um fio de cabelo, a acupuntura é feita também por meio de massagens, ventosas e raio laser.

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