terça-feira, 17 de abril de 2012

ESTIMULANDO A INDÚSTRIA NACIONAL


O governo federal anunciou, na terça 3, medidas para estimular a indústria nacional. As ações passam pelo câmbio, desonerações da folha de pagamento e do IPI (veja quadro). Para isso, a União deixará de arrecadar R$ 7,2 bilhões. 
“O governo quer aumentar a competitividade da economia brasileira, produtividade e inovação, reduzir os custos tributários, econômicos e financeiros, e o custo da infraestrutura brasileira”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Não podemos ficar inertes ao protecionismo disfarçado que os países praticam. Temos de combater fraudes cometidas nas importações, subfaturamento e outros”, acrescentou Mantega. 

Os setores que serão beneficiados pela desoneração na folha de pagamento são: têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, naval, aéreo, bens de capital, mecânico, hotéis, call centers, tecnologia da informação e produção de chips. Outra das frentes do governo para estimular a indústria nacional será a preferência por produtos brasileiros nas compras governamentais. “Importado pode custar até 25% menos que o nacional, mas vamos preferir o nacional”, disse Mantega. 
As ações fazem parte do programa Brasil Maior, que visa dar mais competitividade à política industrial brasileira. A preocupação do governo se voltou definitivamente para o desempenho da indústria após a divulgação, pelo IBGE, de que o crescimento do setor em 2011 conteve o crescimento do PIB brasileiro. A indústria cresceu só 1,6% em 2011. 
Segundo o governo, a indústria foi o setor da economia mais afetado pelo agravamento da crise financeira mundial. Com o real valorizado, os produtos nacionais ficaram mais caros no mercado internacional. Além disso, os países mais afetados pela crise procuraram mercados internos mais aquecidos, como o brasileiro, para despejar seus produtos, o que causou uma invasão de bens importados no país

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