O governo federal anunciou, na terça 3, medidas para estimular a 
indústria nacional. As ações passam pelo câmbio, desonerações da folha de 
pagamento e do IPI (veja quadro). Para isso, a União deixará de arrecadar R$ 7,2 
bilhões. 
“O governo quer aumentar a competitividade da economia brasileira, 
produtividade e inovação, reduzir os custos tributários, econômicos e 
financeiros, e o custo da infraestrutura brasileira”, disse o ministro da 
Fazenda, Guido Mantega. “Não podemos ficar inertes ao protecionismo disfarçado 
que os países praticam. Temos de combater fraudes cometidas nas importações, 
subfaturamento e outros”, acrescentou Mantega. 
Os setores que serão 
beneficiados pela desoneração na folha de pagamento são: têxtil, confecções, 
couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, 
naval, aéreo, bens de capital, mecânico, hotéis, call centers, tecnologia da 
informação e produção de chips. Outra das frentes do governo para estimular a 
indústria nacional será a preferência por produtos brasileiros nas compras 
governamentais. “Importado pode custar até 25% menos que o nacional, mas vamos 
preferir o nacional”, disse Mantega. 
As ações fazem parte do programa Brasil 
Maior, que visa dar mais competitividade à política industrial brasileira. A 
preocupação do governo se voltou definitivamente para o desempenho da indústria 
após a divulgação, pelo IBGE, de que o crescimento do setor em 2011 conteve o 
crescimento do PIB brasileiro. A indústria cresceu só 1,6% em 2011. 
Segundo 
o governo, a indústria foi o setor da economia mais afetado pelo agravamento da 
crise financeira mundial. Com o real valorizado, os produtos nacionais ficaram 
mais caros no mercado internacional. Além disso, os países mais afetados pela 
crise procuraram mercados internos mais aquecidos, como o brasileiro, para 
despejar seus produtos, o que causou uma invasão de bens importados no país
 
 
 


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