sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

VELOZ COMO UMA BALA

A China inaugurou recentemente a linha de trem-bala mais extensa do mundo, com mais de dois mil quilômetros. A linha liga a capital, Pequim, à cidade de Cantão, grande polo econômico do Sul do país. São 2.298 quilômetros de distância. A viagem que antes durava mais de 20 horas num trem convencional será feita agora em cerca de oito. O trem-bala circulará a uma velocidade média de 300 quilômetros por hora e fará 35 paradas nas cidades mais importantes (Zhengzhou, Wuhan, Changsha, entre outras).
As primeiras conexões ferroviárias de alta velocidade na China foram inauguradas em 2007. Desde então, o país vem construindo a maior rede do mundo, que chegava a mais de 8.000 quilômetros no fim de 2010, número que deve dobrar até 2020. Com o mais recente trecho a entrar em operação, o país asiático se consolida como líder mundial neste tipo de rede ferroviária, com mais de 9,3 mil quilômetros de linha operando em todo o país.
Curiosamente, a tecnologia dos trens-bala não tem nada de espetacular. Eles são puxados por uma espécie de locomotiva elétrica, da mesma forma que os metrôs, só que abastecidos por correntes até nove vezes maiores. As linhas também são planejadas para alta velocidade, apresentando poucas curvas, estações distantes entre si e ausência de tráfego de trens mais lentos. 
Andando a cerca de 300 quilômetros por hora, os trens-bala são um meio de transporte mais rápido que o avião para percorrer distâncias de até 650 quilômetros. Apesar de os aviões voarem a cerca de 800 quilômetros por hora, os passageiros perdem muito mais tempo para embarcar num aeroporto do que numa estação de trem. Se houvesse um trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, o tempo de viagem seria de 1h38min. Um voo entre as duas cidades não chega a uma hora, mas perde-se pelo menos 50 minutos nos procedimentos de check-in e embarque no aeroporto. 
Os trens de alta velocidade ainda têm a vantagem de serem menos agressivos ao meio ambiente que os automóveis e aviões, devido ao menor consumo de combustível por passageiro e quilômetro percorrido, ao menor espaço de terreno ocupado para uma dada capacidade transportada e ao desvio dos passageiros de outros meios de transporte mais poluentes.

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