sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

NÃO HÁ COMO PARAR O RELÓGIO DA VIDA

Nada agradável é a sensação de quem está percorrendo um caminho desconhecido e este chega ao fim. Não tendo como ir adiante, o jeito é dar um ré e procurar outra estrada alternativa. Se todos os caminhos levam a Roma, certamente a possibilidade de prosseguir pode ser auxiliada com uma volta para trás. Com o tempo não é assim! O único final do tempo só acontece quando se abre diante de nós a eternidade. Um minuto, uma hora, um dia, uma semana, um mês e um ano que passam não nos permitem voltar atrás.
Estamos no começo de mais um ano! Por maiores que sejam nossas teimosias não há como parar o relógio da vida. Para não nos vermos com a mão no arado, olhando para trás, o melhor jeito é jogar o foco de luz para frente e perceber que a fé sempre aponta para o começo. Cada entardecer já traz consigo o anúncio de um amanhecer. Cada noite que nos envolve já aponta para um novo dia. Cada etapa do caminho percorrido garante um novo caminho.
Como humanos que somos não é estranho que, ao chegarmos ao final de um ano, ouçamos certos lamentos: estamos envelhecendo! O tempo corre impiedosamente e ninguém consegue parar! Estou cansado! Não aguento mais o corre-corre da vida! etc... Estas e outras lamúrias, até certo ponto, fazem parte de nossos desabafos naturais. O pior não é o lamento, mas o risco de ir se entregando e se acomodando como se fôssemos vítimas do calendário.
Sabendo que a fé aponta para o começo, somos chamados a sintonizar e entender os segredos da vida. Um dos mais importantes segredos que a vida nos ensina pode ser colhido quando aprendemos a avaliar os acontecimentos do passado. O bom discípulo de Cristo também é chamado a ser discípulo da vida. A vida ensina! A história continua sendo mestra da vida!
A alegria de termos chegado ao final de um ano já é, por si só, um motivo de exultação. Quanta gente começou o ano e foi colhida pela irmã morte. Poder concluir uma etapa da vida, mesmo com quedas e provações, é um imenso dom. A gratidão que deve brotar do coração deve ser espontânea, porque não estamos enterrando uma fatia de nossa vida, mas estamos seguros de estarmos ressuscitados nesta etapa que termina para começar.

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