segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O TEMPO DIRÁ O QUE VALEM AS ESCOLHAS DE CADA UM


Nos primórdios da televisão no Brasil, um programa fez muito sucesso. Era um quadro de escolhas. O candidato estava numa cabine indevassável. Nada ouvia, nem tinha possibilidade de ver a reação do auditório. O apresentador fazia uma proposta e o candidato apertava um botão com as alternativas sim ou não, aceitando ou rejeitando a oferta. Você troca um automóvel zero quilômetro por uma caixinha de fósforos? E lá de dentro vinha a resposta: sim. E ele se constituía o feliz proprietário de uma caixa de fósforos. Outra pergunta feita: você troca um tomate maduro por um cheque de trezentos mil? Lá de dentro vinha a escolha: não. Ele preferiu o tomate.
A vida imita esse programa de televisão ou a televisão copiou o esquema da vida das pessoas e suas escolhas? O calouro do programa tinha um atenuante: sua escolha não seguia critérios. Era apenas questão de sorte. Na vida possuímos critérios para nossas escolhas e por isso somos responsáveis pelas boas e más decisões.
Na Bíblia encontramos o episódio de Esaú, filho de Isaac, vendendo seu valioso direito de primogenitura a Jacó por um prato de lentilhas. Na descoberta da América, os marinheiros de Colombo deram aos índios pequenos espelhos em troca de ouro e diamantes.
Em nossa vida, a cada dia, precisamos fazer escolhas. Algumas delas são pouco importantes e não chegam a alterar a caminhada. Mas há outras escolhas que têm consequências duradouras. Podemos trocar valores espirituais e morais, decisivos em nosso futuro, pelas lentilhas dos bens materiais. Podemos trocar a ética por dinheiro. Podemos trocar as normas, por propostas mais fáceis e comodistas. Podemos trocar a solidez de uma família por uma aventura ocasional.
Cada alternativa precisa ser estudada com critérios objetivos. Se estamos confusos, não devemos tomar uma decisão, precisamos esperar. É importante também levar em conta o amanhã. O agora pode ser tentador, cheio de promessas, mas o amanhã poderá trazer tristezas e amarguras.
Existe na vida ligação da causa com a consequência. Aquele que planta flores, colherá flores; aquele que semeia espinhos, espinhos colherá. Existe ainda outra certeza: quem nada planta, nada colherá.
Paulo, escrevendo aos discípulos, lembrava que cada um receberá o salário segundo a medida do seu trabalho. Ele ilustrava: é possível construir com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, barro e palha. O tempo dirá o que valem as escolhas de cada um.

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