sexta-feira, 21 de setembro de 2012

APOIO A AGROINDÚSTRIA REFLETE NO CAMPO E NA CIDADE.


A pequena agroindústria está oferecendo, com abundância, provas de que não é preciso buscar uma fórmula mirabolante, nem mágica, para combater as causas que expulsam o homem do campo. Um modelo singelo, se bem administrado e, evidentemente, com muito trabalho e dedicação – como em qualquer outra atividade -, rende o necessário para que uma família possa viver com conforto e segurança.
Não há segredo. Basta que aos interessados sejam fornecidas ajuda e orientação, que começam com linhas de financiamento específicas e passam por uma estrutura que possibilite o cumprimento da legislação fiscal, sanitária e ambiental. Em outras palavras, que o empreendimento funcione dentro da lei. O governo gaúcho está investindo fortemente em um programa inédito que incentiva e auxilia o registro das agroindústrias de pequeno porte. Pesquisa recente da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo detectou que apenas 560 delas estão devidamente registradas, enquanto mais de 8.000 continuam na informalidade.
Outro estudo, elaborado pelo Ministério da Integração, chegou à contundente conclusão: em 74% das propriedades rurais com agroindústria familiar não ocorreu migração de nenhum integrante para a cidade. E em 37% dos casos em que houve a saída, foi registrado o retorno.
Outras recentes ações em âmbito municipal e federal também são efeitos do reconhecimento da importância da agroindústria, em especial a familiar. Se hoje quem investe neste segmento já colhe os frutos do êxito, a tendência é de que no futuro a colheita seja ainda mais generosa.
O meio rural, acostumado à simplicidade, só quer ser tratado assim. Com acesso a condições básicas que possibilitem uma vida com qualidade e dignidade, seguirá produzindo. E contribuirá menos para o inchaço das cidades. São duas soluções com origem na mesma iniciativa - o que mais justifica apoio total à agroindústria.

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