Distribuição de cartinhas e documentos anînimos (forjados ou não), troca de insultos, agressões verbais e físicas...
Quem acompanha a campanha política deste ano está assistindo de tudo.
A expectativa que havia por uma disputa dentro dos limites do bom senso, do
respeito mútuo e da honestidade de propósito não está sendo
correspondida.
Essa sensação de contrariedade, de desconfiança, ou no mínimo
de desconforto, é provocada por minorias, por exceções. Mas a atitude descabida,
inoportuna e ofensiva desses raros políticos (?) e/ou militantes acaba empanando
um cenário que deveria ser de exclusiva manifestação democrática. E fortalece
ainda mais a corrente da alienação, aquela integrada por pessoas que confessam o
desejo de manter distância da política.
Há quem defenda que as estripulias,
os abusos, as irregularidades promovidas em campanhas buscam exatamente
desacreditar os bons políticos. Mais ou menos dentro do raciocínio de que se
alguém percebe que não tem condições de superar um adversário, parte para a
tentativa de destruí-lo – com as mais variadas formas de violência.
É por
isso que, ao invés de ignorar o que está ocorrendo, adotando postura
descomprometida e confortável, o eleitor precisa ficar atento, participar,
infiltrar-se o mais possível nas entranhas da campanha. Só assim terá
discernimento suficiente para escolher realmente os melhores.
Diante de
tantos interesses que a cercam, tornou-se quase impossível uma eleição em
ambiente de absoluta lisura. Uns agindo premeditadamente, outros por reação. E
se o eleitor não captar essa realidade, identificando o lado em que cada
candidato atua, corre o risco de eleger aqueles a quem costuma criticar –
justamente aqueles que o desestimulam a se envolver. Nesse caso, obtém uma dupla
vitória o concorrente mal intencionado; e o cidadão sofre uma dupla derrota.
Evitar tudo isso não exige muito, deveria ser um compromisso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário