sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CALUNIAR E INVENTAR É UM ATALHO PARA A DERROTA

Distribuição de cartinhas e documentos anînimos (forjados ou não), troca de insultos, agressões verbais e físicas... Quem acompanha a campanha política deste ano  está assistindo de tudo. A expectativa que havia por uma disputa dentro dos limites do bom senso, do respeito mútuo e da honestidade de propósito não está sendo correspondida.
Essa sensação de contrariedade, de desconfiança, ou no mínimo de desconforto, é provocada por minorias, por exceções. Mas a atitude descabida, inoportuna e ofensiva desses raros políticos (?) e/ou militantes acaba empanando um cenário que deveria ser de exclusiva manifestação democrática. E fortalece ainda mais a corrente da alienação, aquela integrada por pessoas que confessam o desejo de manter distância da política.
Há quem defenda que as estripulias, os abusos, as irregularidades promovidas em campanhas buscam exatamente desacreditar os bons políticos. Mais ou menos dentro do raciocínio de que se alguém percebe que não tem condições de superar um adversário, parte para a tentativa de destruí-lo – com as mais variadas formas de violência.
É por isso que, ao invés de ignorar o que está ocorrendo, adotando postura descomprometida e confortável, o eleitor precisa ficar atento, participar, infiltrar-se o mais possível nas entranhas da campanha. Só assim terá discernimento suficiente para escolher realmente os melhores.
Diante de tantos interesses que a cercam, tornou-se quase impossível uma eleição em ambiente de absoluta lisura. Uns agindo premeditadamente, outros por reação. E se o eleitor não captar essa realidade, identificando o lado em que cada candidato atua, corre o risco de eleger aqueles a quem costuma criticar – justamente aqueles que o desestimulam a se envolver. Nesse caso, obtém uma dupla vitória o concorrente mal intencionado; e o cidadão sofre uma dupla derrota. Evitar tudo isso não exige muito, deveria ser um compromisso.

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