segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MOBILIDADE URBANA REQUER URGÊNCIA E MAIS ATENÇÃO


Ágeis, ecológicas, econômicas – financeira e fisicamente -, as bicicletas poderiam ser uma boa opção para o trânsito cada vez mais caótico das grandes cidades. Contribuiriam para retirar das ruas muitos veículos que hoje disputam centímetros em engarrafamentos gigantescos e perigosos.
Mas o que aparenta uma obviedade encontra fortes resistências de motoristas, que seriam beneficiados com o desafogar do trânsito, e desinteresse por parte de governantes, a começar pelos municipais.
É evidente que a bicicleta não vai resolver os problemas de locomoção urbana, gerados pela absoluta falta de planejamento e alimentados, em alguns casos, pela omissão. Mas quem sofre diariamente para se deslocar nos grandes centros aguarda com ansiedade qualquer iniciativa que ofereça um alento. Se um município não pode construir uma ciclovia, como erguerá viadutos e elevadas? Ou, sonho da maioria dos políticos que costumam vender ilusões, como implantar um sistema de metrô?
A mobilidade urbana merece muito mais do que ser classificada como prioridade. Precisa de atenção, o que pressupõe investimentos em obras. Privilegiar o transporte coletivo é um bom caminho; costurar programas de governo com a linha da previdência, um atalho.
Sem medidas urgentes, muitas cidades vão parar – a desaceleração já é evidente; o desperdício de tempo, uma lástima. Lamentavelmente, diante de tamanho problema, quem se aventura a usar uma bicicleta tem de conviver com o desrespeito, a ameaça, o perigo de sofrer um acidente. Quando se constata isso fica fácil deduzir que é preciso avançar muito ainda, a começar pelas relações humanas, que envolvem educação e cultura. O sinal nunca esteve tão fechado nas ruas das grandes cidades.

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