“A América Latina é a região mais urbanizada do mundo, mas também uma das menos
povoadas em relação ao seu território. Quase 80% de sua população vive em
cidades, uma proporção superior à do grupo de países desenvolvidos”, afirma um
relatório da ONU.
O Cone Sul, do qual o Brasil faz parte, é a zona onde há
mais proporção da população vivendo em cidades, seguido pelos países andinos e
pelo México - com uma taxa de população urbana de 85% atualmente -, logo atrás
vem o Caribe e a América Central.
O relatório, intitulado “O estado das
cidades da América Latina”, revela ainda que o número de cidades na região
aumentou seis vezes em 50 anos. Metade da população urbana, cerca de 222 milhões
de pessoas, vive em cidades com menos de 500 mil habitantes, e 14% (65 milhões
de pessoas) vivem em megacidades. Nos últimos anos, no entanto, o crescimento
demográfico e a urbanização perderam força, assim como a migração do campo para
a cidade, e “a evolução demográfica das cidades tende a se limitar a um
crescimento natural”, diz o documento.
“As migrações são agora mais complexas
e ocorrem principalmente entre cidades, às vezes através de fronteiras
internacionais”, sustenta a ONU. O relatório destaca com preocupação que as
cidades são cada vez menos compactas e seguem se expandindo fisicamente, apesar
da desaceleração demográfica, de uma maneira que “não é sustentável”.
No
plano econômico e social, a ONU conclui que as 40 principais cidades da América
Latina produzem anualmente um PIB de mais de 842 bilhões de dólares e são
verdadeiros motores da economia regional. Também constatou que o índice da
população urbana pobre caiu, mas 124 milhões de pessoas vivem na pobreza – o que
equivale a uma em cada quatro moradores das cidades.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário