terça-feira, 18 de junho de 2013

A VIRADA NA VIDA DE FELIPÃO E DA DILMA

Como é a vida... Apenas 15 dias atrás, a presidente Dilma  Rousseff surfava no alto das pesquisas de aprovação popular e Felipão e sua seleção só recebiam críticas e vaias por onde passavam.
Virou tudo neste breve intervalo: bastaram duas convincentes vitórias da seleção (contra França e Japão), para Felipão ser aplaudido e elogiado, com seus jogadores recuperando o apoio da torcida, enquanto Dilma caía nas pesquisas, recolhia notícias ruins na economia e terminava a semana vaiada na abertura da Copa das Confederações, em Brasília.
Todos queriam saber o que teria provocado a mudança no humor da população, revelada não apenas nas pesquisas, mas nas manifestações de insatisfação popular que pipocaram por todo o País na semana passada, pulando das redes sociais para as ruas, e atingindo níveis de violência como há muito não se via no nosso País.
Na opinião quase geral, a questão do aumento das tarifas de ônibus foi apenas o pretexto imediato que mobilizou os internautas a extravasar sua insatisfação com os rumos do País, um sentimento difuso, uma espécie de "de saco cheio genérico contra tudo e contra todos", que fica evidente nos comentários cada vez mais agressivos que circulam na grande rede. Os protestos deixaram de ser virtuais para se tornarem reais, sem que um fato grave e determinante fosse registrado neste período.
A economia já vem rateando há algum tempo e as denúncias de corrupção em diferentes 
latitudes não chegam a constituir uma novidade, mas de uma hora para outra, assim como Felipão conseguiu acertar seu time, parece que a presidente Dilma perdeu o controle do jogo, o que ela contesta, veementemente, em cada pronunciamento. De fato, nada aconteceu que justifique este clima de véspera de fim de mundo que se instalou no País nos últimos dias, com cada qual correndo para um lado e ninguém se entendendo.
Parece que hoje, finalmente, os dois lados vão conversar em São Paulo para evitar a repetição das cenas de vandalismo e de violência policial, mas nunca se sabe o que pode acontecer quando 200 mil pessoas manifestam pela internet sua vontade de participar do ato desta segunda-feira marcado para o Largo da Batata, em Pinheiros.
À primeira vista, trata-se de uma questão municipal e estadual, mas como as manifestações se repetem e se multiplicam por todo o País, pelas mais diferentes razões, chegando hoje a interditar uma importante rodovia em Minas Gerais, em protesto contra a má qualidade do transporte público, claro que isto se reflete também no governo federal, encarregado primeiro de zelar pela manutenção de um clima de ordem e paz no País.
Não dá mais para ninguém, nem qualquer instituição, fingir que não é com ele, como estão fazendo o Congresso Nacional, os principais partidos políticos do País, as centrais sindicais, os lideres religiosos e até os da UNE, que simplesmente sumiram de cena desde que os revoltosos botaram a cara nas ruas. Entre os manifestantes e os policiais, não se viu mediação para evitar a violência.
É exatamente esta falta de interlocução e de representatividade por parte das instituições que pode estar na raiz do problema, quando as pessoas já não sabem para onde canalizar suas demandas e buscar soluções para os males que as afligem

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