sábado, 22 de junho de 2013

A FORÇA QUE TEM O AMOR.

O amor é uma das ideias mais revolucionárias, capaz de garantir condições de vida em segurança. O medo, valor tão propagado e vivenciado por conta da violência cotidiana, não pode nos apequenar diante dos desafios de sempre construir vida na dignidade, a partir de relações de respeito, consideração e apreço de um para com o outro. 
Nossa civilização “encaixotou” o afeto. O afeto estimula a criar as condições para a plena realização. O ser humano é um ser em construção, por isso mesmo exige investimentos afetivos a vida toda. O cuidado, como algo essencial e que constitui a nossa condição humana, deve ser resgatado se quisermos devolver à humanidade o verdadeiro sentido de sua existência. 
Não sobrevivemos se não somos bem cuidados. Na escala dos seres vivos, somos os mais dependentes. Saímos da barriga da mãe, caímos nos braços de uma família. Aos poucos vamos crescendo e nos integrando aos grupos sociais da escola, da vizinhança, dos amigos, dos colegas de trabalho. E cada fase de nossa vida exige que sejamos cuidados e que saibamos cuidar, da gente e dos outros.
A necessidade do cuidado e as carências afetivas, próprias do ser humano, não constituem nenhuma fraqueza. O que nos torna fortes e capazes de superar as contradições é a coragem de assumirmos nossas carências, pois estas é que nos desafiam para o crescimento e discernimento pessoal, afetivo e social. As relações que se constituem na partilha, na compreensão, na doação, na gratuidade e na confiança são oportunidades que muitos constroem por acreditarem que sua realização depende da integração, convivência e complementariedade a serem construídas junto com os outros.
Redescobrir-se em permanente relação com os outros é a grande contribuição que cada um pode oferecer para a elevação de uma consciência de humanidade. Reconhecer e vivenciar valores como a solidariedade, a amizade, o amor, a partilha e a alteridade pode nos possibilitar um mundo com menos violentos e menos violentados.
A solução para os problemas de convivência social não passa pela construção de novos presídios e nem pelo endurecimento de nossas leis. Passa pela promoção da vida e da humanidade, através do cultivo de relações de respeito, amor e afeto. Romantismo? Não para os que acreditam que o amor é sempre maior do que o medo e a dor. O amor foi a inspiração dos grandes mestres como Jesus Cristo, Tereza de Calcutá, Gandhi, Dallai Lama, Chico Xavier e outros tantos. Aprendamos com eles se quisermos sobreviver plenamente realizados e livres.

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