sexta-feira, 7 de junho de 2013

A BELEZA SEMPRE ATUAL

Lembramos aqui um depoimento de Santo Agostinho, registrado no seu livro das Confissões: “Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e não eu contigo. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz”.
Evidentemente não tratamos aqui a beleza numa visão esteticista, nem apenas artística. A Beleza primeira, fonte de toda a beleza, é o coração e o rosto de nosso Deus. Ele é a máxima beleza e todas as belezas verdadeiras dele procedem. Sabemos que a beleza é uma das propriedades fundamentais de todo o ser, de todas as criaturas.
A beleza de Deus está também escrita em nossos corações, pois nos confirmamos como “sua imagem e semelhança”. Por este motivo, não podemos estranhar em nós o incontido desejo de harmonia e maravilhamento. Essa beleza pode dar-se na natureza que nos rodeia e nos aponta para um mistério velado e revelado. São Francisco, em seu Cântico das Criaturas, confirma-se como um ótimo leitor da beleza de Deus na criação.
Beleza inesgotável e sempre viva é também aquela que se dá nas obras artísticas produzidas pelo ser humano. Estas conseguem expressar na matéria maravilhas intuídas e ao mesmo tempo desconhecidas. Só ao ser humano é permitida a captação da beleza. Esta se torna um aspecto fundamental na educação, pois é através dele que se consegue alcançar um inestimável aprofundamento na captação do ser e na riqueza da experiência.

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