terça-feira, 3 de julho de 2012

MAIS DE 19 MIL ESPÉCIES PODEM DESAPARECER

A perda de espécies não preocupa apenas pelo desaparecimento de tais animais e plantas, mas também porque causa impacto direto na alimentação e na produção de remédios e de água limpa. Ameaça bilhões de seres humanos, segundo avaliação dos especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que publica periodicamente a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção. A mais recente atualização do documento foi publicada este mês, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no Rio de Janeiro (Rio + 20).
Das 63.837 espécies avaliadas, 19.817 encontram-se ameaçadas de extinção. Desse total, 41% são anfíbios, 33% corais formadores de recifes, 25% mamíferos, 13% aves e 30% coníferas. A Lista Vermelha da UICN é considerada um indicador crucial da saúde da biodiversidade mundial e um dos mais respeitados documentos sobre o tema.
A maioria da população nos países ricos depende primordialmente de espécies domesticadas para a sua alimentação, ao passo que milhões de outras pessoas no mundo dependem de espécies selvagens. Fonte alimentícia importante, os peixes estão ameaçados pelas práticas pesqueiras insustentáveis e pela destruição do seu habitat.
No mínimo um terço da produção mundial de alimentos depende da polinização efetuada por insetos, morcegos e aves. Segundo a Lista Vermelha, 16% das borboletas endêmicas da Europa estão ameaçadas; assim como 18% dos morcegos do mundo. Os beija-flores, notórios polinizadores, também estão ameaçados. Além de serem polinizadoras, essas espécies ajudam a controlar a população de insetos, que de outra forma poderiam até destruir lavouras economicamente importantes.
Os anfíbios, por exemplo, desempenham papel vital na busca de novos medicamentos, pois no couro de muitas rãs encontram-se componentes químicos importantes. Contudo, 41% das espécies de anfíbios estão ameaçadas de extinção.
Outros serviços importantes prestados pelas espécies incluem a melhoria e o controle da qualidade do ar pelas plantas e árvores. Uma árvore frondosa e madura produz a mesma quantidade de oxigênio inalada por 10 pessoas durante um ano.

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