terça-feira, 3 de julho de 2012

ANDAR NA CONTRAMÃO É MUITO PERIGOSO


A comunicação global e instantânea permite que muitos alcancem seus 15 minutos de celebridade. Correu o mundo a notícia que o agricultor gaúcho, Leo Deimling, 55 anos, percorreu a movimentada BR 116 na contramão por 15 quilômetros. Após alguns acidentes, foi detido pela polícia. Alcoolizado ou distraído – talvez as duas coisas – o motorista teve dificuldade em compreender o que fizera. Esclareceu que era a primeira vez que andava nesta estrada. A existência de cerveja e cachaça serve como agravante.
Andar na contramão sempre foi perigoso. Hoje muitos têm dificuldades em perceber qual é a via preferencial, qual é a contramão. No trânsito, as instâncias competentes estabelecem leis que todos estão convidados a observar, evitando assim acidentes. Na vida, a situação é mais complexa. Muitos decidem, por conta própria, as leis da caminhada. E, na vida, só se anda pelo mesmo caminho uma única vez. Na legislação civil não vale a desculpa: não sabia. No campo da vida esta desculpa pode ser um atenuante, mas não invalida os acidentes do percurso.
Deus quer que seus filhos e filhas sejam felizes. Diante da dificuldade e da miopia humanas, Ele colocou os  Mandamentos, que são sinais de trânsito no complicado caminho da vida. Os Mandamentos não são imposições de Deus, mas indicam a maneira de ser feliz. Eles não são contra a pessoa, mas a favor dela. Indicam as vias preferenciais e seguras.
Por ignorância, teimosia ou desconhecimento, muitos pretendem estabelecer suas próprias leis e imaginam saber como encontrar a felicidade. O Evangelho fala de dois caminhos, um é espaçoso, o outro é estreito. O primeiro leva à perdição, o segundo conduz à Vida.
O caminho largo e espaçoso é o caminho do comodismo e da autossuficiência. Por vezes, é o caminho considerado politicamente correto. E se arranjam justificativas para isso alegando: “isto ninguém mais faz” ou “todo mundo faz”. A assustadora sequência dos acidentes na vida individual, familiar e social parece não preocupar aos transeuntes do caminho fácil. O caminho é bom quando nos conduz ao destino desejado. De nada adianta ser largo e pavimentado se nos leva a um lugar onde não quereríamos ir.
Um dia, no Dia da Verdade, ficará claro qual a via preferencial e qual a contramão. Muitos que pareciam andar na contramão, na verdade andavam na via preferencial. E os alegres viajantes da vida fácil e dos desvios dar-se-ão conta que andavam na contramão. Deixar a contramão e passar para a via preferencial é sinal de inteligência.

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