terça-feira, 24 de julho de 2012

COLONO E MOTORISTA TEM SITUAÇÃO COMPLICADA

Duas das mais importantes categorias de trabalhadores, colono e motorista voltam a comemorar o dia a elas dedicado - 25 de julho. E neste ano com motivos adicionais.
O colono, identificado com a figura do agricultor familiar, segue rompendo limites de produção, ao ponto de ser o responsável por 70% dos alimentos que o brasileiro consome. E o motorista acaba de ter a profissão regulamentada, bandeira de décadas de luta.
Exercendo atividades que exigem aprimoramento, esforço e dedicação constantes, motorista e colono adotaram também um papel de complementaridade, ou de interdependência. O sucesso de um, muitas vezes, está atrelado ao do outro. Por melhor qualidade que tenha a fruta ou a hortaliça, ela vai para a vala do desperdício se não chegar ao mercado consumidor - e se não for vendida para gerar a receita que sustentará a família.
Apesar de indicadores positivos, colono e motorista estão envolvidos em situações complicadas. O produtor rural sente ameaçada a continuidade de seu trabalho pela falta de sucessores. Estão com o futuro incerto dezenas de milhares de propriedades gaúchas.
Já o motorista de caminhão, que festejou a regulamentação da profissão, vive realidade cercada de dúvidas e preocupação. Típico de leis criadas em gabinetes, o texto que deveria estar vigorando carrega pelo menos um item cujo cumprimento é impossível. O sonhado descanso de 11 horas por dia se tornou inviável porque não há infraestrutura para o caminhoneiro parar.
A legislação dos motoristas precisa ser adequada, com bom senso, para produzir os benefícios esperados pela categoria. E a atividade rural merece melhor atenção, com programas que mantenham o jovem no campo, garantindo ao adulto de amanhã qualidade de vida e perspectivas de crescimento. É o mínimo que governantes podem fazer por essas classes de trabalhadores.

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