quarta-feira, 18 de maio de 2011

MÁQUINA DE ESCREVER. DEFINITIVAMENTE É UMA PEÇA DE MUSEU

Máquina de escrever! Talvez você já tenha visto alguma no museu ou em algum canto da sua casa, esquecida, empoeirada. O equipamento que começou a ser substituído pelo computador na década de 80 agora vai passar definitivamente a ser “peça de museu”. A Godrej & Boyce, da Índia, última fabricante de máquinas de escrever, decide finalmente parar de produzir o produto.

Além da íntima relação com escritores notáveis, as máquinas de escrever, que começaram a ser desenvolvidas no século XVIII, foram, por muito tempo, equipamentos indispensáveis nos escrittórios; até serem substituídas pelos comuputadores.
É difícil precisar quando a máquina de escrever foi inventada. A primeira patente foi concedida na Inglaterra para Henry Mill em 1713. A ideia de Mill era construir uma engenhoca capaz de imprimir letras isoladas ou em grupo, em papel, pano ou pergaminho, tão nítidas quanto as de imprensa. Não teve sorte: seu projeto, de tão complicado, jamais saiu do papel.
A ideia, contudo, não se apagou. Durante o século XIX, muita gente tentou aperfeiçoar a máquina de Mill. Todas as alternativas eram grandes, desajeitadas e tinham em comum um grande defeito: eram mais lentas que a escrita a mão. É importante ressaltar que as primeiras máquinas não tinham o objetivo de tornar a escrita mais clara e legível, a ideia era que auxiliassem os cegos, que sentados diante delas podiam, levantando alavancas dotadas de caracteres tipográficos, formar no papel um pensamento.
Somente por volta de 1810 começou a se conceber a ideia de que tal máquina poderia ser útil também às pessoas que enxergavam. Em 1867, o tipógrafo americano Christopher Latham Sholes (foto) fabricou a primeira máquina de escrever que realmente funcionava, dando início à indústria deste equipamento. As primeiras máquinas desse modelo, batizadas de Sholes & Glidden (foto), começaram a ser fabricadas em 1874 pela Remington. Não foram um sucesso imediato; eram caras e apresentavam problemas. Além disso, era hábito da época que as cartas fossem escritas à mão. Aproximadamente 5.000 unidades foram produzidas.
Em 1878, a empresa lançou a Remington 2, com inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive a possibilidade de digitar letras maiúsculas e minúsculas. A máquina era eficiente e durável. Após um início incerto, as vendas finalmente decolaram, atraindo o interesse de outros fabricantes. A concorrência apareceu e a indústria de máquinas de escrever instalou-se definitivamente.
Thomas Alva Edison, o genial inventor americano, para poupar esforços de sua secretária, projetou em 1872 a primeira máquina elétrica. O salto seguinte na evolução foi a máquina de escrever eletrônica, nascida no início dos anos 60.









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