sábado, 14 de maio de 2011

ARGENTINA SERA OBRIGADA A NEGOCIAR (BOM PARA HORIZONTINA)

A decisão do Governo do Brasil em impor restrições a importação de veículos, autopeças e pneus vai obrigar a Argentina a renegociar o comércio bilateral para evitar uma guerra comercial entre os dois países, segundo afirmaram hoje (13) analistas argentinos. A medida brasileira de anular a “licença automática de importação” da indústria automobilística da Argentina é uma represália à determinação da presidente Cristina Kirchner de vetar a licença automática para a importação de produtos brasileiros como máquinas agrícolas, calçados e eletrodomésticos entre outros.
Analista da Abeceb.com (empresa argentina de consultoria econômica), Maurício Claveri, diz que “a Argentina não tem outro caminho a não ser negociar. Kirchner não aceitava sentar para negociar e discutir sobre as suas licenças não automáticas e isto desencadeou uma situação relativamente severa”. O grande impacto causado pelo Brasil na Argentina deve-se ao fato de que 80% das exportações de veículos argentinos (447 mil em 2010), assim como 65% das autopeças, negócios que representam cerca de 7 bilhões de dólares. Um empresário argentino que pediu anominato disse que “o Brasil atingiu a Argentina onde mais dói”.
A ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, disse que “cerca de 2700 veículos estão retidos na fronteira esperando a liberação do governo brasileiro”. Esta retenção já está afetando a Toyota, a General Motors e Mercedez Benz e imediatamente vai prejudicar também a Ford, a Citroen e a Peugeot.
No entanto, fontes empresariais brasileiras sustentam que mais de 800 mil pares de sapatos de 19 fábricas do país estão retidos na alfândega, assim como 1.200 equipamentos agrícolas. Mauricio Claveri disse que “Dilma mandou um aviso com o objetivo de disparar uma atuação imediata da diplomacia. Buscou uma medida contundente. Não vejo guerra comercial porque ninguém quer isto. São sócios muito importantes.”
A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, só perdendo para China e Estados Unidos. Segundo números oficiais, em 2010, o comércio bilateral movimento 33 bilhões de dólares com um déficit de 4 bilhões para a Argentina.
Com informações UOL





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