A saída, para os jornalistas, é selecionar personagens que representem o sofrimento coletivo. Mas no meio das imagens desoladoras e dos depoimentos sem esperança, a Folha de S.Paulo resgata o discurso que a médica sanitarista e pediatra Zilda Arns teria feito a seus colegas de ação social em Porto Príncipe.
Ela pretendia relatar a história de sucesso da Pastoral da Criança, que ela criou e transformou em uma das maiores e mais eficientes organizações humanitárias do mundo.
Zilda Arns comandava 260 mil voluntários que acompanham quase 2 milhões de gestantes e crianças, além de dar assistência e educação sanitária a 1,4 milhão de famílias pobres em milhares de municípios.
Se tivesse tido tempo para fazer sua palestra, ela teria dito, entre outras coisas:
"A solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso á saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e a restauração do meio ambiente".
A mensagem era para o Haiti, mas serve para todo o planeta.
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