quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DEPOIS DE COPENHAGUE.

Duas lições se pode tirar do fracasso em Copenhague: a primeira é a consciência coletiva de que o aquecimento é um fato irreversível, do qual todos somos responsáveis, cada um em sua medida, pelo controle do aquecimento para que não seja catastrófico . Depois de Copenhague mudou a consciência coletiva da humanidade.

A segunda lição: O grande vilão é o modo de produção capitalista, mundialmente articulado, com sua correspondente cultura consumista. Enquanto for mantido, será impossível um consenso que coloque no centro a vida, a humanidade e a Terra. Para ele o que conta é o lucro, a acumulação privada e o aumento do poder de competição. Faz tempo que ele distorce a natureza da economia como técnica e arte de produção dos bens necessários à vida. Ele a transformou numa brutal técnica de criação de riqueza por si mesma sem qualquer outra consideração.

Por isso, quem entende a lógica do capital não se surpreendeu com o fracasso do COP 15. O único que ergueu a voz, solitária, como um "louco" numa sociedade de "sábios" , foi o presidente Evo Morales, da Bolivia: " Ou superamos o capitalismo ou ele destruirá a Mãe Terra". Gostemos ou não, esta é a pura verdade. Copenhague tirou a máscara do capitalismo, incapaz de forjar consensos porque pouco lhe importam a vida e a Terra, mas antes as vantagens e os lucros materiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário