quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SERÁ QUE ENCONTRAMOS DEUS?

Deus “existe”, dizem os teístas. Só existe “um Deus”, dizem os monoteístas. Os deuses existem e são muitos, dizem os politeístas. Deus “não existe”, dizem os ateus. Deus “talvez” exista, dizem os agnósticos. Deus disse, Deus fez, Deus mandou, Deus “está me revelando” algo, dizem os crentes propensos ao milagre. Não sei como Deus é, nunca ouvi a sua voz. Jamais o vi e creio que jamais o verei neste mundo, mas espero vê-lo um dia, dizem outros crentes mais dados à reflexão.
Bilhões de seres humanos dizem que o conhecem “mais do que os outros”, que o experimentaram mais do que os outros e que o adoram mais do que os outros. Vão mais longe: garantem que sabem o caminho para Deus.
Na verdade, a maioria deles não adora a Deus: o que eles adoram é o seu jeito de adorar a Deus. E tanto isso é verdade que têm enorme dificuldade de conviver com pessoas de outro credo, outras religiões e outros conceitos de Deus.
Gastam mais tempo em tentar convencer os outros a aderirem à sua maneira de crer em Deus e a vir para o seu ângulo de verdade, do que de fato procurando a verdade. Têm tanta certeza que já a encontraram que pararam de procurá-la. E, exatamente porque pararam de procurá-la, se tinham algum aspecto dela, perderam-na de vez.
A grande verdade sobre a existência de Deus é que quem se gaba de havê-lo encontrado corre o risco de perdê-lo, exatamente porque se gabou. Quem humildemente continua a procurá-lo prova que realmente o encontrou, porque o primeiro resultado do encontro com Deus é querer saber mais sobre Ele.

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