terça-feira, 7 de janeiro de 2014

APRENDENDO A CAMINHAR.

Um velho monge conduz o discípulo montanha acima em direção a uma pequena igreja. Uma lenda garantia que a ermida tinha poderes milagrosos, concedendo a sabedoria aos que a visitassem. Experiente, o velho monge caminhava depressa e com segurança, enquanto o discípulo tropeçava a cada passo. Cada tropeço era seguido de resmungos, queixas e palavrões. Depois de longa caminhada, chegaram ao local e, imediatamente, o monge fez meia volta e começou a descer a montanha, seguido do discípulo.
Você não me ensinou nada e não recebi qualquer iluminação na igreja, reclama o aprendiz, levando mais um tombo. Ensinei, sim, mas você não quer aprender, explica o monge. Estou tentando ensinar como se lida com os erros da vida! E como lidar com eles? Quer saber o aluno... Como se procede com os tombos: em primeiro lugar se levanta, depois se examina as causas para não mais cair. E isto sem reclamar das adversidades.
A vida é uma grande viagem, em direção a nossos objetivos. As pessoas podem nos ajudar, mas não podem caminhar por nós. As soluções não aparecem por acaso, mas surgem da experiência assimilada. Todos caímos, muitas vezes, ao longo deste caminho. Por vezes preferimos os desvios sedutores. Isso não chega a ser desastroso. Seria desastroso se nada aprendêssemos. Todo o fato, por mais negativo que nos pareça, tem um lado luminoso e nos pode ensinar alguma coisa. O pior dos erros é aquele que nada nos ensina.
Nenhum inventor teve sucesso com a primeira tentativa. Dizem que Thomas Edison fez duas mil tentativas para inventar a lâmpada. Cada erro traz em si uma lição. Aprender essa lição é o caminho da sabedoria. Muitos ficam nas queixas contra os possíveis culpados, os outros, o mundo. É inteligente levantar e continuar a caminhada.
No caminho há encruzilhadas. A encruzilhada é um lugar importante, um lugar sagrado. Ali o peregrino precisa tomar uma decisão. Onde as estradas se cruzam, se concentram duas grandes energias: o caminho que será escolhido e o caminho que será abandonado. Ambos, por um momento, se transformam num só caminho. O peregrino pode descansar, dormir um pouco, mas ninguém pode ficar ali para sempre. E uma vez feita a escolha é preciso seguir adiante, sem pensar no caminho que se deixou de lado e sem lamentar os tombos.
As encruzilhadas podem se transformar em maldições. Porém, Deus se situa nas encruzilhadas. Ele mesmo nos indica o caminho certo. Mas Deus não grita. Ele fala silenciosamente aos corações. E Ele também fala através das pessoas experientes. Elas nos indicam o caminho. Caminhar é tarefa nossa.

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