terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A ÁRVORE DOS PROBLEMAS

Era um daqueles dias em que nada dera certo. Um carpinteiro iniciou uma série de reformas numa fazenda. A serra elétrica estragou, o material prometido não foi entregue, seu ajudante adoeceu e - para piorar a situação - o carro enguiçou. Evidentemente aquele dia não deixaria saudades. O proprietário, solidário com ele, ofereceu-se para levá-lo à sua residência. O carpinteiro convidou-o a conhecer sua família: esposa, dois filhos e uma filha. Antes de entrar, com delicadeza, tocou o galho de uma pequena árvore no pátio.
Ao ingressar na residência, foi muito afável, beijando a esposa, e dizendo uma palavra para cada um dos filhos. Na saída, curioso, o dono da fazenda quis saber porque tocara o galho da árvore. Esta é a “árvore dos problemas”, explicou ele. A cada noite penduro em seus galhos os problemas do dia. Não tenho o direito de atrapalhar minha família com meus problemas profissionais. Naturalmente, no dia seguinte, retomo cada um dos problemas. E concluiu: sabe de uma coisa: na manhã seguinte, os problemas parecem-me bem menores.
Todos nós podemos carregar grandes pesos num pequeno percurso, em seguida precisamos descansar um pouco. Na sociedade atual são importantes as férias e a lei prevê 30 dias. Muitos preferem parcelar esses 30 dias. A pessoa preocupada com sua saúde mental abre espaço para outras férias. Cada fim de semana pode ser um momento de férias. Igualmente, terminado o trabalho do dia, a pessoa - e com ele a família - pode entrar em férias por algumas horas. No dia seguinte terá outra disposição para o trabalho e para a solução dos problemas.
A experiência garante que em onze meses trabalhamos mais do que em doze e em seis dias trabalhamos mais do que em sete. A Bíblia, em sua primeira página, lembra que, após os seis dias da criação, o próprio Deus descansou.
É inteligente também fazer prevalecer uma escala de valores. E nessa escala, a família precisa sempre estar acima da profissão. Trabalhamos para a família e não podemos sacrificá-la em função de um rendimento maior. Depois de um dia tenso, o pai (ou mãe) tem direito da tranqüilidade do lar. E a família também tem o direito de ter um pai tranqüilo. E esse período não é perdido. Pelo contrário, possibilita a uma solução muito melhor no dia seguinte. Quando as coisas se apresentam difíceis e complicadas, o amor sereno e solidário da família é um imenso dinamismo, gerando forças e inteligência para superar os problemas.
Existe também um argumento de fé. Deus é Pai e devemos aprender a confiar Nele. Ele nos lembra que é suficiente carregar apenas o peso do dia e não dos dias seguintes. Cada dia tem seu peso. 

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