terça-feira, 7 de janeiro de 2014

GOSTO DA MINHA IGREJA.

Faço parte dos que nasceram luteranos. Não escolhi, escolheram para mim. Batizaram-me luterano. Meus pais e padrinhos prometeram que me educariam nesta Igreja. Cresci acreditando ingenuamente. E não me envergonho. Aprendi na minha Igreja muita coisa boa e muita coisa que hoje não aceito. Mas pelo tempo e pela idade que eu tinha, valeu. Não existem mesmo religiões perfeitas, nem catequese perfeita. Meu catequista fez o que sabia e como sabia.
Os pastores daquele tempo também acreditavam naquilo que diziam. Depois minha Igreja passou por uma enorme transformação. Correu os riscos de mudar, entrou em crise e conflito, avançou e recuou e continua avançando aqui e recuando ali. Não é tudo como eu quero, mas é a Igreja que eu amo.
Vejo pessoas magoadas e feridas criticando o luteranismo. Às vezes sem amor algum. Pastores e membros  se queixando da sua Igreja.
Leigos desencantados mudando de religião ou abandonando tudo, por excesso de política ou por falta de política, por excesso de presença ou falta de presença, por excesso de doutrinação ou falta de doutrina, por excesso de idéias e falta de ações concretas. E fico. Porque creio. Porque sei que isso vai passar. E eu vou passar também.
Quando eu era pequeno escolheram para mim uma Igreja, porque me amavam. Agora eu escolho. E fico porque amo. Gosto de minha Igreja e é nela que desejo viver e morrer. Santa e pecadora como é. Acho que ela tem doutrina e riqueza espiritual suficientes para me ajudar. Por isso não mudo. Não estou procurando uma religião perfeita.
Estou procurando uma religião que responda o que sabe e quando não sabe admita que não sabe. Ultimamente a Igreja  não está sabendo muita coisa. Isso é delicioso. Faço parte de uma religião que admite que perdeu muito nos últimos anos e aceita reaprender. É a minha Igreja. Evangélica Luterana. Eu fico! Sereno e feliz, porque acho que vale a pena.

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