quarta-feira, 31 de março de 2010

QUINTA FEIRA SANTA

Todos os dias, desde uma certa Quinta-Feira Santa, jamais esquecida, homens e mulheres reúnem-se, dois, três, duzentos, mil, para fazer, de novo, um gesto sóbrio: partilhar um pouco de pão e um pouco de vinho pronunciando algumas palavras.
Esta celebração é, para muitos, a recordação mais preciosa que existe na Terra: a do último gesto de Jesus. Este gesto não é apenas uma lembrança: anuncia o que será o mundo novo, quando Jesus voltar - o banquete de uma multidão, a refeição oferecida por Deus e partilhada por todos.
Do passado ao futuro, este pão constitui o alimento dos peregrinos, o viático do povo em marcha. É o pão da Páscoa, da incessante caminhada em direção a Deus, pão que acompanha a humanidade nova, da qual Jesus é o alimento. Mata a fome e, ao mesmo tempo, aumenta-a, porque provoca fome do mundo novo do qual Ele já é o pão distribuído.
É o pão partido e repartido do altar. Que compromete a humanidade a partir e repartir o pão das mesas, como convém a uma grande família na qual Deus é Pai e todos somos seus filhos e filhas.

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