Mais que formas decoradas, sem graça e sem vida, o cristão deve rezar a vida
Uma das normas elementares do mercado é a atenção sobre os produtos dos concorrentes. Certo dia, o diabo resolveu avaliar a qualidade da oração dos fiéis e para isso empreendeu longa viagem. Ele encontrou numerosos tipos de orantes. Uns rezavam por obrigação, outros rezavam apenas orações decoradas e rotineiras. Havia também aqueles que rezavam alguma coisa na hora dos perigos ou quando precisavam pedir a Deus algum favor. Viu também alguns rezando através de velhos livros. O diabo encontrou também pessoas de rosto amargo, que resmungavam orações. Ficou feliz ao perceber que muitos não rezavam porque alegavam não ter tempo.
Já no final da viagem, o diabo viu um camponês, em sua lavoura, gesticulando. Aparentemente não havia ninguém perto. Mas o camponês estava brigando com Deus e dizendo a Ele algumas verdades. O diabo escondeu-se porque estava chegando um padre. Este, escandalizado, censurou o agricultor, dizendo que ele estava ofendendo a Deus e isso era um pecado grave. O camponês esclareceu: se brigo com Deus é porque creio nele; se o censuro é porque lhe quero bem, se grito é porque sei que me escuta. Preocupado, o diabo retirou-se, admitindo: este reza de verdade.
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