quinta-feira, 4 de março de 2010

JOSE “PEPE” MOJICA ASSUME GOVERNO URUGUAIO

"Gracias a todos vocês que nos acompanham desde o campo, as cidades, do interior de duas casas. Falta-me conhecimento jurídico para saber quando deixo de ser presidente eleito para me tornar presidente de fato. Não sei se é agora ou se é daqui a pouco, quando recebo o cargo de meu antecessor. Da minha parte, desejo que a palavra 'eleito' não desapareça da minha vida, para que eu tenha a virtude de me recordar a cada minuto de que sou presidente a partir da vontade do povo. Fui eleito para que não me distraia", disse Mujica ao príncipe Felipe de Espanha, aos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Alvaro Colom (Guatemala) e Rafael Correa (Equador), obrigado a movimentar-se em cadeira de rodas depois de uma cirurgia no joelho provocada por uma "partida de futebol", como afirmou aos jornalistas no local. O presidente Lula, que também participou da cerimônia, concordou com a cabeça e fechou os olhos ao escutar Mujica afirmar que "governar é mais difícil que pensávamos".

O novo presidente traçou no discurso o início de um túnel de três décadas na história do Uruguai. "Hoje é o dia um do governo, com céu aberto, amanhã começam os raios. Para mim, governar é começar a criar as condições políticas para governar. Parece até um trava-língua, mas repetirei sempre essa frase. Vamos governar para gerar transformações a longo prazo, criar condições de governar políticas de Estado para os próximos 30 anos. Não em um governo meu, nem necessariamente da Frente Ampla, mas de um sistema de partidos tão sério e potente que poderá gerar distintas presidências que passarão por este túnel com as linhas estratégicas do país intocadas", conclamou.

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