quinta-feira, 4 de março de 2010

GUERRA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO FOI DEFLAGRADA

Dois atos simultâneos e antagônicos realizados em São Paulo neste 1º de março concretizaram o tamanho da disputa envolvendo a definição do direito à liberdade de expressão. A guerra conceitual ganhou as ruas, mais exatamente a Alameda Santos, nas imediações da Avenida Paulista.

Na calçada, um grupo de 40 pessoas vestidos com roupas de palhaço e portando cartazes bem humorados lembrava, sob chuva constante, aos passantes que liberdade de expressão é "um direito de todos e todas" e que "mídia concentrada, liberdade aprisionada". Era o Fórum de Rua Democracia e Liberdade de Expressão - Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais. "Somos várias entidades dos movimentos sociais organizados, estudantes, sindicalistas e aqui fazemos um fórum de rua gratuito para discutir a liberdade de expressão", explicavam aos transeuntes militantes da Marcha Mundial das Mulheres, do PSOL, da CUT, da UNE/UEE, da Revista Viração, da Associação Vermelho e do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Dentro da sala de convenções do hotel, o 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão reunia a nata do empresariado da comunicação nacional, convidados representando grandes grupos de mídia da América Latina e alguns intelectuais que ocupam os espaços de opinião dos veículos comerciais. Organizado pelo Instituto Millenium – que tem entre seus conselheiros João Roberto Marinho e Roberto Civita, além de representantes de grandes empresas de outros setores da economia –, o evento pretendia analisar o que seriam, na opinião dos convocantes, iminentes ameaças de restrição à liberdade de expressão no Brasil.

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