quarta-feira, 31 de março de 2010

OBAMA APROVA MUDANÇA DA SAÚDE NOS EUA

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido sem cobertura universal de saúde. Até a reforma que acaba de ser aprovada no Congresso, cerca de 15% da população, mais ou menos 46 milhões de pessoas, não tinham cobertura alguma. A cifra inclui os 10 milhões sem cidadania. Antes da crise das hipotecas-lixo, a economia familiar costumava desmoronar em caso de necessidade de um grande gasto de saúde. Idosos, pessoas incapacitadas para o trabalho e uma parte dos mais pobres já estavam cobertos pelas reformas do presidente Lyndon Johnson, em 1965. Havia lacunas na cobertura para a classe média e para os trabalhadores que supostamente foram preenchidas agora. Nos EUA, o gasto em saúde representa 16,2% do produto bruto do país, um valor superior ao de Reino Unido e Japão, mas a lógica do lucro que rege o sistema pode fazer com que uma diabete seja mortal por falta de dinheiro para o tratamento.

Com a lei de saúde aprovada no Congresso, 95% dos habitantes ficará coberto. A lei obriga a contratação de uma cobertura de saúde e prevê subsídios para quem não puder fazê-lo. Por pressão de um grupo de dez deputados democratas anti-aborto, com base no meio oeste do país, a cobertura só abrangerá os casos de abordo em casos de incesto ou violação. A reforma custará cerca de 940 bilhões de dólares ao ano. A cifra é menor do que a estimada inicialmente, o que serviu para conseguir votos em um Congresso em fase de transição desde que a cadeira do falecido Ted Kennedy, democrata por Massachusetts, foi ganha pelo republicano Scott Brown. Essa derrota deixou os democratas do Senado obrigados a construir consensos para obter a maioria necessária à aprovação de projetos.

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