quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PELAS RUAS SE COMHECE OS HABITANTES.

O título parece não ter nada a ver com política, mas tem, pois a palavra política tem sua origem no grego politikós em no latim politicus. Ambas dizem respeito à arte de bem governar e administrar a cidade pelos governantes escolhidos democraticamente pelos cidadãos.

O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) diz que “o homem é um animal político”. Ele vive na cidade, e depende dela e o seu dever é cuidá-la. Segundo ele, todos os cidadãos são políticos e, por sua vez, tendem à arte de governar ou, ao menos, de se sentirem responsáveis pelo ambiente em que vivem. Não obstante, percebe-se em muitos cidadãos um descaso pelo patrimônio público, pois se sentem alheios a ele. Além disso, possuem uma mentalidade errônea e distorcida do ser político.

Então pergunto: quais as causas do descaso pelas coisas públicas e da distorção original da política? Pode-se, no mínimo, apontar duas causas: primeira, não faz muito tempo que o país se libertou de um período de ditadura; segunda, o desconhecimento dos direitos e deveres resguardados por Lei na Constituição Federal, sobretudo, o artigo 5°.

A ausência de liberdade, no período da ditadura (1964-1985), trouxe drásticas consequências para os cidadãos, como o medo e a insegurança. Agora com a liberdade, muitos a extrapolam, a ponto de haver desatenção pelos bens públicos.

Outro fator preocupante é a negligência com a limpeza. Os cidadãos jogam o lixo em terrenos baldios ou às margens das rodovias. Frequentemente encontramos também pelas ruas e calçadas aves e animais mortos, papéis, plásticos, garrafas, alimentos, etc. Cuidar da limpeza da cidade também é consciência política e, acima de tudo, ecológica.

Perante a necessidade de uma consciência ecológica, por parte de cada cidadão, penso naquele velho ditado: “pelas ruas da cidade se conhece o prefeito”. Isso é verdade, porém, o mais real parece ser: “pelas ruas da cidade se conhecem seus habitantes”.

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