domingo, 10 de janeiro de 2016

A MESMA TENTAÇÃO.

Diante o cenário político brasileiro, faço a seguinte afirmação: todos sofrem das mesmas tentações! Quais tentações? A tentação do poder e do ter. Parece que todos os seres humanos são atraídos pelo desejo de poder e ter.

Possuir casa, um bom emprego e salário justo e digno, não é tentação negativa, mas uma necessidade. Porém, o mal se encontra em como é adquirido, pois muitos enriquecem de forma ilícita, como muitos de nossos representantes políticos, que gastam absurdo para se elegerem e, depois, usufruem regalias.

O enriquecer de forma irregular é manifestado pela ganância, corrupção. Mas isso não é um “privilégio” dos políticos. Todos têm tendências a irregularidades. Quem garante que, se tivesse chance, não faria o mesmo se estivesse entre os políticos e ou em outros segmentos da sociedade? Muitos não engordam seus salários de forma “fácil” devido à falta de oportunidades.

Platão (427-388 a. C.), filósofo grego, discípulo de Sócrates, ao tratar da condição humana, usa o recurso mitológico: dois cavalos e um cocheiro, o mito da parelha alada que se encontra no diálogo Fedro. Os dois cavalos são conduzidos pelo cocheiro. Um deles é excelente, correto, mas o outro, não. Um vai pelo caminho certo, o outro ao contrário. Assim, o filósofo entende e explica o ser humano.

Nesse mito percebe-se a explicação da conduta humana. O mito diz que o ser humano tem duas fortes tendências: a prática do bem, da justiça e a outra totalmente contrária ao bem. Conforme Platão, quem nunca teve diante de si a chance de possuir algo fácil ou irregularmente, mas não se aproveitou da ocasião? Com isto, não quero justificar dos políticos, mas apenas refletir sobre a condição humana que sofre da mesma tentação.

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