sábado, 30 de janeiro de 2016

PARTES E PARTIDOS

Iniciamos o ano em que teremos eleições para escolha de nossos representantes no legislativo e executivo municipal. É um ano político porque uns candidatos reapareceram e outros se apresentarão pela primeira vez. Eles vêm, infelizmente, com os mesmos discursos, entoando suas vozes em prol do desempregado, do estudante etc. Nos discursos, afirmam melhoria na saúde, na segurança pública, incentivos à agricultura, bem como da cultura e dos esportes, etc. Os candidatos colocam-se ao lado do povo parecendo sentir na pele suas dores e necessidades. E, de bom grado, oferecem-se como representante na luta por melhorias para a população.

São muitos bonitos e empolgantes os discursos, mas, na prática, pouco se percebe de realidade por parte de alguns dos nossos representantes. O que se vê é mais a luta e busca pela parte, ou seja, pelo interesse de seu partido.

A palavra partido indica parte do todo, não é o todo. A proliferação de partidos e coligações em nosso país é grande e confunde o eleitorado desavisado. Qual a causa dessa proliferação partidária? É importante e necessária a diversidade de partidos, os denominados de esquerda e de direita, porque, assim, há maior fiscalização na administração do executivo. O problema está em os partidos, muitas vezes, defenderem mais seus interesses do que o bem comum.

Por outro lado, torna-se relevante o cidadão conhecer as bases de cada partido, isto é, suas origens e seus projetos, porque em muitos existe mais interesse em pequenos grupos do que em iniciativas em prol da população.

É muito comum esta expressão: “O povo tem o governo que merece”. Contudo, acredita-se numa mudança em nosso país em relação à construção da consciência política através da educação, pois, aos poucos, o brasileiro está crescendo em acesso a cultura. Acredita-se que um dos caminhos mais seguros para uma mudança do cenário político é a ética e a educação.

Elas tecem uma consciência crítica da realidade e, só assim, vê-se com mais profundidade as reais intenções dos candidatos que visam, de fato, lutar pelo povo ou pelo interesse do partido. Isso porque, devido à preocupação de projeção partidária, muitos projetos que vem ao encontro das necessidades do povo vão para a gaveta, porque se não é “do meu partido”, o plano não é aprovado. Então, pergunta-se: você acompanhou o trabalho daquele que recebeu o seu voto na última eleição? O que seu representante eleito têm feito em benefício da cidade? Eles foram eleitos para administrar aquilo que é seu, pois o patrimônio público é seu, é de todos. Sem forçar a expressão, quem fiscaliza o trabalho de seus empregados? Os representantes eleitos são os empregados, por isso devem ser averiguadas suas atitudes.

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