terça-feira, 19 de janeiro de 2016

B.B.B NOSSO DE CADA ANO

E vai começar mais uma edição do Big Brother Brasil. A maior fabrica de celebridades instantâneas patrocinadas pela mídia. Para não ser tão injusto, devo confessar que algumas dessas celebridades até que deram certo. Casos de Juliana Alves e Grazy Massafera, que hoje são duas atrizes de talento reconhecido. Em compensação, a tal fábrica forneceu para a nossa câmara federal um representante que se julga o ser mais culto e inteligente do planeta, mas que como político, continuando sendo um grande B.B.B.

É uma pena que não tenhamos eliminação de deputados no congresso, através do voto popular. Seria interessante assistir a um daqueles discursos "léu com créu" do Pedro Bial na tribuna da câmara, após o painel eletrônico anunciar que a votação estava encerrada. E num paredão triplo entre Eduardo Cunha, Bolsonaro e Jean Willys, ele diria: "E o povo decidiu que quem sai da casa são vocês três". Viva a democracia!

A rejeição à atração se tornou grande. Motivo mais do que suficiente para pedir o seu impeachment e tirá-la do ar. A questão é que não se trata apenas de um programa de TV, mas sim de um tratado mundial de manipulação das massas. O tal reality é exibido em quase todos os países do mundo, como o mesmo formato, com a mesma intenção e sob as mesmas ordens superiores.

Portanto, esqueçam a possibilidade dele sair do governo. Nem adianta bater suas panelas na varanda quando o programa começar. Ele não vai cair tão cedo. Bem que o Vasco poderia trocar o seu escudo e colocar a logomarca do B.B.B na camisa. Talvez isso evitasse o seu entra e sai na programação da série A do campeonato brasileiro. O que já virou uma novela da vida real.

Eu temo que essa rejeição ao programa possa suscitar em seus produtores, alguma ideia maquiavelicamente brilhante para resgatar a perdida audiência. Imagina se alguém tem a ideia de criar um reality só com políticos corruptos? Todos confinados e sendo espiados durante 24 horas por toda a nação. Sem poder negociar propina, sem poder fazer transferências bancárias para a Suíça, sem poder superfaturar licitações públicas, sem poder armar esquemas de corrupção. Pensando bem, acho que não daria certo. O programa terminaria no segundo dia por desistência dos participantes. Eles não conseguiriam ficar mais de um dia sem roubar o nosso dinheiro.

Levando-se em conta que alguns programas de TV gostam de visitar penitenciárias para entrevistar assassinos, vai que algum produtor cisme de colocar no ar um B.B.B só com brothers psicopatas e queridinhos da mídia? Já pensou se colocarem confinados na mesma casa o ex-goleiro Bruno, Suzane Richtoffen e Guilherme de Pádua? Nem Jack, o estripador passaria por perto dessa residência. Mas acho que a ideia não teria sucesso. Os participantes se matariam antes do final do programa. Bom! Já que não tem jeito, o melhor mesmo é trocar de canal. Afinal, a casa mais vigiada do Brasil deve ser sempre a nossa. Devemos zelar integralmente por ela e só permite a entrada de quem a gente gosta e daquilo que nos edifica. Seja pela porta ou pela televisão.


Neggô Tom

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