domingo, 22 de novembro de 2009

O MONOPÓLIO DA COMUNICAÇÃO É UMA AMEAÇA AO EXERCÍCIO PLENO DA DEMOCRACIA NO BRASIL

"Talvez, o maior estrago que a mídia faz junto à classe trabalhadora seja ideológico. Os meios de comunicação passam 24 horas pregando o individualismo, a competição, o consumismo. A solidariedade e a ação coletiva como forma de atingir a transformação social são apresentadas de forma negativa, como algo que já está superado, com o objetivo de desmobilizar os trabalhadores". A opinião é do coordenador executivo da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária - Abraço Nacional e secretário geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC, José Sóter. Exatamente por isso que ele considera importante a participação do movimento sindical na Conferência Nacional de Comunicação. Crítico do Ministério das Comunicações, Sóter considera que ele sempre esteve ligado aos interesses do monopólio. "Ele tem atuado mais como promotor dos interesses da radiodifusão privada do que como agente de controle público. O interesse privado dos donos da mídia tem prevalecido sobre o interesse público".

Para José Sóter, "os grandes grupos de comunicação privados atuam como partidos políticos de fato. Apoiam os candidatos e partidos que representam o pensamento único das elites e atacam aqueles que se contrapõem a esta linha, sejam partidos ou movimentos sociais. A mídia interfere no resultado das eleições, tanto através da manipulação de pesquisas quanto pelas posições que defende sem permitir o contraponto".

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