quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

NO ANO QUE VEM, TUDO VAI MUDAR

Não é difícil recordar as promessas feitas em anos passados. Foram promessas generosas, que não cumprimos. A lista varia de pessoa para pessoa. Assim como a quantidade. Há uma certa igualdade entre nossos defeitos, que passam de ano para ano, e as promessas que ficam para o ano que vem:

1. No ano que vem vou emagrecer
2. No ano que vem vou parar de fumar (e beber)
3. No ano que vem vou me matricular numa academia
4. No ano que vem não vou me estressar por pequenas coisas
5. No ano que vem vou ler aquele livro que está sobre minha mesa
6. No ano que vem vou cuidar do meu dinheiro, vou parar de gastar com besteiras
7. No ano que vem vou levar a sério o meu estudo
8. No ano que vem vou separar mais tempo para a família
9. No ano que vem vou participar mais da missa 

10. No ano que vem vou dar um jeito na vida

Evidentemente, existem outras promessas que poderiam ser feitas: vou consumir menos chocolate, não vou regressar tão tarde das noitadas, vou dirigir com mais prudência, vou visitar aquele familiar adoentado, vou evitar sair com a turma, não vou mais entrar no cheque especial, não vou me esconder atrás das desculpas, vou parar de jogar as promessas para o outro ano.

Tudo isso soa falso. Quando queremos mudar não jogamos a decisão para o ano que vem. Se a coisa é importante, devemos fazê-la agora. Quando eu crescer, quando eu me formar, depois que casar, quando tiver estabilidade financeira... Aí chegamos ao último estágio: depois que me aposentar... Em seu leito de morte, Georges Bernanos admitiu: “Sou responsável por tudo aquilo que não fiz”.

A desculpa para deixar para mais tarde atormentou o grande Santo Agostinho. “Amanhã, sempre amanhã, por que não hoje?”. O tempo de Deus é infinito, assim como o seu perdão, mas nosso tempo é limitado. O amanhã, o ano que vem, mais tarde, são apostas temerárias. Não sabemos se haverá amanhã para nós. O nosso tempo é hoje.

Hoje - independente do calendário - é o tempo certo para refazer escolhas, para pedir perdão, para recomeçar, para perdoar para sorrir, para amar. Não adianta um Ano Novo se nossas atitudes forem velhas. Imagine uma nova história para sua vida e creia nela!

Nunca é cedo demais para começar, nem tarde demais para recomeçar. Com 20 anos, Alexandre da Macedônia já conquistara o mundo; com 80 anos, o romano Catão começou a estudar grego; com 90 anos, Pablo Picasso pintou obras-primas

A cada dia você escolhe, mesmo que não perceba, se quer mudar ou se quer ficar como está. Se optar pela segunda alternativa, não haverá Ano Novo.

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