Atravessando a porta da fé, progressivamente, vamos nos dando conta de que esta 
não se baseia em alguma coisa secundária do nosso viver. Porém, certamente, a fé 
sustenta de modo particular os que atravessam momentos difíceis, ajudando-os a 
vivê-los e colocá-los em um horizonte mais amplo. A fé não nos dispensa dos 
passos normais que humanamente devemos dar e do nosso compromisso com a vida. 
Porém, em tudo e para tudo confere sentido e oferece razões para ser ou não ser, 
para fazer ou não fazer, para viver e conviver. 
Numa pequena história 
irônica de um antigo livro de teologia, conta-se que, num dia de tempestade, um 
navio estava afundando. O comandante, apavorado, começou a gritar: “Os ateus às 
bombas e os crentes a rezar!” Diante da tragédia, nem uns e nem outros tinham a 
solução, mas ainda era melhor rezar para tentar arrancar forças repentinas que 
pudessem inspirar alguma reação positiva.
Para podermos atravessar com 
elegância e dignidade a porta da fé e prosseguirmos com decidida perseverança, 
necessitamos fazê-lo na certeza de um encontro com aquele que disse: “Eu sou a 
porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará 
pastagem”. Melhor que as provas racionais para convencer alguém da 
importância da fé, é preciso que a prova seja o nosso viver como humanos, na 
realidade do cotidiano, na sua evidência social. Por causa do encontro com Jesus 
Cristo nos tornamos mais humanos e amigos da vida.
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