terça-feira, 6 de novembro de 2012

ÁGUA DEVE SER CONSUMIDA COM INTELIGÊNCIA E RESPONSABILIDADE.


Todos devemos fazer uso da água com inteligência e responsabilidade. O desperdício de água nas atividades domésticas é muito grande, sobretudo em comunidades que dispõem de abundância do produto. A cultura do uso apenas do necessário precisa sofrer um paradigma. Banhos de 15 minutos são comuns, sobretudo entre jovens e adolescentes e custam menos de R$ 0,70, sem contabilizar o custo da eletricidade. Se nesse banho fosse utilizada água mineral, o custo passaria de R$ 300,00.
O aumento do preço da água, como fator isolado, não resolve, pois para muitas famílias não afeta o orçamento doméstico. Há que se mudar a cultura. Uma medida eficiente é a medição individualizada nos condomínios, do contrário o consumidor não sabe o quanto consumiu e qual o impacto de suas ações de uso racional da água. Um banho de quatro minutos, em média, é suficiente para realizar a higiene do corpo. Para banhos de 15 e 30 minutos são gastos 57 e 114 litros de água respectivamente. Um banho de mais de 25 minutos equivale ao consumo per capita diário recomendado pela Fundação Nacional de Saúde, que é de 100 litros/habitante/dia. O chuveiro avaliado tem redutor de vazão, ou seja, chuveiros sem este dispositivo podem dobrar o volume de água referido.
Há que se ter claro o conceito de que a água é um bem finito. O volume existente no planeta hoje é o mesmo de séculos passados. A grande diferença é que o consumo aumenta, sem controles. Para tornar o conceito prático, considere-se a cidade de Santa Maria com seus 300 mil habitantes. Em tese, seriam 300.000 banhos por dia. Todavia, se considerados 280.000 banhos com tempo médio de dez minutos, pois nem todos sem banham todos os dias, o consumo seria de 10.640.000 litros. Se a média do tempo de banho for reduzida para cinco minutos, o consumo baixaria para 5.320.000 litros, com uma economia de mesma grandeza suficiente para fornecimento de água potável para dez mil famílias ou 40 mil pessoas por dia.
Esta água não teria se tornado lixo, engrossando o volume do esgotamento sanitário que, se não coletado e tratado, acaba nos mananciais e rios, contaminando-os. A água que foi desperdiçada pelo ralo do box do banheiro estava pronta para beber, cozinhar etc. Por outro lado, 300.000 habitantes de Santa Maria, deveriam beber 600.000 litros de água por dia, que manteria uma saúde de maior qualidade, diminuindo a ocupação de leitos hospitalares e, sobretudo, reduzindo o dispêndio de recursos financeiros, tão escassos para a saúde.

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