terça-feira, 6 de novembro de 2012

O EQUILÍBRIO ESTÁ SENDO RETOMADO

Inundações, secas, incêndios florestais, terremotos e outras ameaças afetam cerca de 200 milhões de pessoas todos os anos no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Recentemente no Brasil, as enchentes atingiram Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que afetaram milhões de pessoas e desalojaram milhares.
Para mudar este quadro, é fundamental que as cidades tornem-se resilientes, aquelas empenhadas em retornar a seu estado de equilíbrio ecológico após passar por intenso processo de urbanização (ver quadro).
No mundo, mais da metade da população vive a menos de 60 quilômetros do mar e 75% das grandes cidades estão localizadas em região costeira. Situação que as torna vulneráveis aos eventos climáticos. É o caso de Santa Catarina, único Estado brasileiro que possui 10 cidades resilientes: Lages, Araranguá, Rio do Sul, Tubarão, Itajaí, Florianópolis, Blumenau, Joinville, Criciúma e Jaraguá do Sul. O secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff, disse que a Secretaria está trabalhando para credenciar outros municípios catarinenses. “Para aderir, o município precisa apresentar carta de interesse, assinada pelo prefeito, e desenvolver os 10 itens essenciais sugeridos pela ONU”, adiantou.
Já Curitiba figura entre as 10 melhores cidades resilientes do mundo, conforme o ranking O U.S Green Building Council. A capital dos paranaenses está em segundo lugar, perdendo apenas para Copenhagen, na Dinamarca. O ranking se completa com Barcelona, Estocolmo, Vancouver, Paris, São Francisco, Nova York, Londres e Tóquio.
A boa colocação se justifica. Curitiba usa 82% de energia reciclável, tem baixa emissão de carbono de 2,1 toneladas per capita e ainda traz bons exemplos, como o uso do transporte público por 70% de sua população e um sistema de prevenção de enchente através do qual a cidade, além de se livrar dos transtornos causados por ela, ganhou mais de 20 km² de parques ao longo dos leitos dos rios.
Providências - A construção de uma cidade resiliente envolve 10 providências principais a serem implementadas por prefeitos e gestores públicos. Cinco delas têm origem nas prioridades estabelecidas em 2005 pelo Marco de Ação de Hyogo (Japão), quando 168 países se comprometeram a adotar medidas para reduzir o risco de desastres até 2015.
Entre as medidas estão a criação de programas educativos e de capacitação em escolas e comunidades locais, o cumprimento de normas sobre construção e princípios para planejamento e uso do solo, o investimentos em implantação e manutenção de infraestrutura que evitem inundações e o estabelecimento de mecanismos de organização e coordenação de ações com base na participação de comunidades e sociedade civil organizada.

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